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quinta-feira, 16 de julho de 2009

O Sofrimento

Quando falamos de sofrimento vêm várias coisas na nossa cabeça, pois ele se estende a várias dimensões. Sofrimento físico, espiritual, moral, psicológico e vários outros que nossa humanidade pode sentir. A primeira coisa que vem em nossa mente mesmo sem querer é o Por quê? Para que? E sempre queremos encontrar um culpado, queremos dar um sentido aquela dor, descobrir o porquê de todo aquele mal.

O sofrimento é a falta de algo, limitação ou distorção do bem. Quase sempre atribuirmos esse mal a Deus que nos abandonou, ou esta me castigando por algo que fiz. O mundo e muitas teorias erronias sobre Deus nos fazem pensar que Ele é um Deus que castiga e trata o mal com o mal e o bem com o bem. E transferimos para Ele toda a culpa de nossos sofrimentos e assim tornamos cada vez mais difícil a relação do homem com o sofrimento.

Na bíblia, vemos muitos exemplos de sofrimento em vários estágios e dimensões, Jó é um deles no qual nos mostra claramente que essa teoria que sofremos para pagar algum mal cometido, não é bem assim que funciona. Jó um homem justo passou por vários sofrimentos causados por Satanás para lhe por aprova aos olhos de Deus.

Agora vamos pensar em Jesus na sua santidade e perfeição humana. Que mal ele cometeu? Qual seu pecado? Com Jesus reconhecemos o verdadeiro sentido do sofrimento, o sofrimento salvífico que nos leva a redenção, nele encontramos a salvação definitiva. Ele sofreu por amor e obediência, optou por sofrer para nos dar vida eterna. Em Jesus vemos que o sofrimento não é um castigo, mas sim caminho de salvação. Se Jesus que é Santo e filho de Deus sofreu, porque eu seria totalmente privado do sofrimento.

A maioria dos sofrimentos são causados por nós mesmo ao nos martirizarmos por alguma escolha errada, um pecado cometido ou algo que acreditamos desagradar a Deus e começamos o sofrimento em nossa mente, outros são causados pela sociedade, fatos e até mesmo palavras que causam em nossa vida marcas, feridas e muita dor. Sem contar com dores e sofrimento causados por doenças. A cada dia nos deparamos com diversos modos de sofrimentos e cabe a nós aprendermos com eles. O sofrimento dever servir para a conversão, isto é, a reconstrução do bem no sujeito e não para nossa destruição.

Padre Pio de Pietrelcina sabiamente escreveu que “O sofrimento é de todos. O saber sofrer é de poucos”. Cabe a nós aprendermos assim como Paulo e muitos outros santos, encontrarmos no sofrimento o sentido salvífico e participar da cruz de Cristo que nos leva a encontrar o amor e no amor a nossa salvação. Que possamos aprender sofrer bem e não desperdiçar a nossa dor diária, mas que com ela possamos crescer e nos aproximarmos mais de Deus.

Pe. Josenilson "Te farei amado!"
Comunidade Obra de Maria

sábado, 11 de julho de 2009

Jesus e o demônio

Várias as passagens dos Evangelhos nas quais Jesus aparece expulsando o espírito maligno dos corpos de endemoninhados. Após sua morte no Calvário, com a qual venceu definitivamente satanás, diminuiu, sensivelmente, o número de possessões. É claro que o satanismo promove um execrável culto ao diabo e abre as portas para sua ação perversa. O Demônio não é uma ficção. Está no Apocalipse: "Então houve guerra no céu. Satanás foi expulso do céu pelo anjo Miguel (Ap 12, 7-9). Um terço dos anjos, anjos caídos, anjos que pecaram (2 Pd 2, 4) escolheram se unir a Lúcifer (Ap 12, 4) e estão espalhados pelo mundo.

Deus não lhes tirou nem a inteligência nem a liberdade. A imoralidade, os crimes mais hediondos, o ataque ferino aos Mandamentos da Lei divina através dos meios de comunicação social, toda espécie de maldade são instigadas pelo Inimigo de Deus e dos homens. Jesus alertou que o demônio é “mentiroso e pai da mentira" (Jo 8,44). A serpente é símbolo dos poderes do mal e das trevas. Sua identificação com o demônio ocorre em diversas passagens bíblicas (Gn 3,14-15 ss; Jó, 26,13; Is 11,8; 27,1; Am 9,3; Sb 2,24; 2 Cor 11,3; Mc 16,18; Lc 19,19; Ap 12,3-17; 20,2). O diabo é sagaz e invejoso: "Foi por inveja do demônio que a morte entrou no mundo" (Sb 2, 23-24). Aqueles que se apartam de Deus são campo aberto para a ação demoníaca. Astucioso, o diabo tenta e ousou aliciar o próprio Cristo (Mt 4,1-12). A tentação, essencialmente, leva à desobediência ao Ser Supremo. Muitos incautos se deixam induzir pela obsessão diabólica, conseqüência de tentações não afastadas, e daí os delitos mais absurdos. As pessoas piedosas são alvo predileto de satanás, pois dos maus ele já se apossou (Ap 2,10). Especialista em enganar, o diabo promete felicidade onde ela não se encontra. Muitas vezes usa uma camuflagem e se apresenta como mensageiro da luz (2 Cor 11,14) e quem não tem o discernimento do Espírito Santo se deixa embair (1 Tm 5,15).

É o demônio que semeia o joio no meio do trigo, tentando impedir a expansão do bem, da verdade, da virtude (Mt 13, 39). Com rara habilidade o diabo remove a palavra de Deus do coração do homem, impedindo que creia e seja salvo (Mt 13, 18-19; Lc 8, 11-13; Mc 4, 15). Coloca inclusive obstáculos para que as inspirações divinas não sejam assimiladas pelo ser racional, desviando as atenções para os prazeres mundanos, as riquezas, as veleidades terrenas. (Jo 8, 43-44; 2 Cor 4, 4). O diabo é o inimigo declarado da evangelização e, bem sabemos, por exemplo, que ele impediu a Paulo de ir à Tessalônica (1 Ts 2, 17-18). É o demônio que conduz aos pecados capitais: avareza, gula, inveja, ira, luxúria, orgulho e preguiça com todos os seus desdobramentos.

Como, porém, vencer o demônio? São Pedro aconselha a sobriedade, a vigilância, uma fé profunda (1 Pd 5,8). Aliás, Jesus advertira: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação" (Mc 14,38) e ensinou a pedir ao Pai: “Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal" (Mt 6,13). O apóstolo Paulo dá esta diretriz: "Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra os espíritos malignos espalhados pelos ares [...], sobretudo, sustentai o escudo da fé com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno..." (Ef 6, 11-17). Nunca se pode esquecer que é essencial também a fuga das ocasiões de pecado (Ecl 3,27) Quem acredita está a salvo das insídias do demônio, pois "Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela" (1Co 10, 13). Idêntico o pensamento de São Tiago: "Sede submissos a Deus. Resisti ao demônio, e ele fugirá para longe de vós..." (Tg 4,7). É vencendo o diabo que se chega ao céu. Todo cuidado é pouco, mas com a graça divina o cristão é invencível!

Pe. Josenilson
Comunidade Obra de Maria