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domingo, 28 de novembro de 2010

ADVENTO


Hoje damos início ao primeiro tempo do Ano Litúrgico, um novo ano se inicia. E não poderíamos começar diferente, começamos enchendo nosso coração de ESPERANÇA. O Advento que vem do latim Adventus: “Chegada”, é nessa chegada que colocamos nossa esperança, a espera pelo nascimento de Jesus.

O Advento é para toda a igreja um momento de preparação, de esperarmos alegremente a vinda do Filho de Deus. A liturgia nos convida a refletir sobre alguns valores essências para os cristãos, como: estar sempre vigilante, a busca pela conversão, a luta constante contra o pecado, a esperança, a alegria.

Nessas quatro semanas devemos firmar um propósito de vivenciarmos aquilo que a liturgia nos propõe e prepararmos nosso coração para o Natal. Esse tempo é propicio a conversão, a preparação do coração para deixar que Jesus venha renascer nas nossas vidas.

É costume enfeitarmos as casa, comprarmos roupas, presentes e tantas outras praticas consumistas, não falo que deixe de existir, mas que fique claro que é mais importante um coração contrito e cheio de esperança, repleto de alegria, uma restauração da intimidade com Deus, um novo ardor na oração. Essas ações devem ser nossa prioridade e de maior importância nesse tempo.

Vamos nesse tempo juntos, buscarmos iniciar nosso ano de uma forma diferente, focar na nossa espiritualidade e intimidade com Deus.

Um ótimo Advento para todos.

Deus abençoe!

Pe. Josenilson

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Novo livro de Bento XVI


Luce del mondo. Il Papa, la Chiesa e i segni dei tempi (Luz do mundo. O Papa, a Igreja e os sinais dos tempos, em livre tradução) é o título com o qual está para ser publicado o livro que recolhe as conversas de Bento XVI com o jornalista e escritor alemão Peter Seewald.

A nova obra, editada em italiano pela Libreria Editrice Vaticana, será publicada ao mesmo tempo em outras línguas, nesta terça-feira, 23. Nos 18 capítulos que a compõe, agrupados em três partes "Os sinais dos tempos", "O pontificado", "Para onde caminhamos", o Papa responde às mais acoloradas questões do mundo de hoje. Do livro, alguns trechos.

Cristianismo e modernidade

O ser cristão traz em si algo de vivo, de moderno, que atravessa, formando-a e plasmando-a, toda a minha modernidade, e que, portanto, em um certo sentido, verdadeiramente a abraça.

Aqui é necessária uma grande luta espiritual, como desejei mostrar com a recente instituição de um "Pontifício Conselho para a nova evangelização". É importante que busquemos viver e pensar o Cristianismo de modo tal que assuma a modernidade boa e justa, e, portanto, ao mesmo tempo, afaste-se e distinga-se daquilo que está se tornando uma contra-religião.

A alegria do cristianismo

Toda a minha vida foi sempre atravessada por um fio condutor, este: o cristianismo dá alegria, amplia os horizontes. Definitivamente, uma existência vivida sempre e sobretudo a partir do "contra" seria insuportável.

O choque dos abusos

Os fatos não me causaram surpresa por completo. Na Congregação para a Doutrina da Fé, ocupei-me dos casos americanos; tinha visto também delinear-se a situação na Irlanda. Mas as dimensões, no entanto, foram um choque enorme. Desde a minha eleição à Sé de Pedro, havia repetidamente encontrado vítimas de abusos sexuais. Três anos e meio atrás, em outubro de 2006, em um discurso aos bispos irlandeses, havia pedido a eles "estabelecer a verdade acerca daquilo que havia acontecido no passado, tomar todos os atos necessários para que não se repetissem no futuro, assegurar que os princípios de justiça fossem plenamente respeitados e, sobretudo, curar as vítimas e todos aqueles que foram atingidos por esses crimes abomináveis".

Ver o sacerdócio, de repente, manchado dessa maneira e, com isso, a própria Igreja Católica, foi difícil de suportar. Naquele momento, era importante, no entanto, não desviar o olhar do fato de que, na Igreja, o bem existe, e não sobretudo essas coisas terríveis.

A droga

Tantos bispos, sobretudo aqueles da América Latina, dizem que, lá onde passa a estrada do cultivo e do comércio da droga – e isso acontece em grande parte daqueles países –, é como se um animal monstruoso e cativo estendesse a sua mão sobre aquele país para arruinar as pessoas. Creio que esta serpente do comércio e do consumo de droga que envolve o mundo seja um poder sobre o qual nem sempre chegamos a fazer uma ideia adequada. Destrói os jovens, destrói as famílias, leva à violência e ameaça o futuro de nações inteiras.

Também essa é uma terrível responsabilidade do Ocidente: tem necessidade de drogas e, assim, cria países que lhe forneçam aquilo que, então, terminará por consumi-los e destruí-los. Surgiu uma fome de felicidade que não pode saciar-se com aquilo que possui; e que, então, refugia-se, por assim dizer, no paraíso do diabo e destrói completamente o homem.

L'Osservatore Romano

Fonte:Rádio Vaticano


sábado, 20 de novembro de 2010

Solenidade de Cristo Rei (Ano C)

 

fotos 197

 

2Sm 5,1-3
Sl 121
Cl 1,12-20
Lc 23,35-43

É este o último Domingo do Ano da Igreja. Na corrida, na fiada de dias iniciada no Advento do ano passado, contemplamos o Cristo que se fez homem por nós, por nós anunciou e tornou presente o Reino do Pai e, para nos dar esse Reino de modo definitivo, por nós entregou-se na cruz, morreu e ressuscitou, dando-nos de modo definitivo o seu Espírito Santo. Pois bem: depois de termos contemplado todo este mistério, chegamos ao fim e proclamamos o Senhor Jesus como Reino do Universo. Como afirma o Apocalipse, “Jesus Cristo fez de nós um reino e sacerdotes para Deus, seu Pai. A ele a glória e o poder pelos séculos dos séculos!”

Mas, que significa afirmar esta realeza de Cristo Jesus? Pensando bem, é um título problemático, esse dado ao Senhor… Ele é Rei mesmo? Rei do quê? Rei num mundo que o rejeita, Rei de um Ocidente que cada vez mais lhe volta as costas? Rei de uma humanidade de coração fechado para o seu senhorio? Não seria mais lógico, mais realista afirmar que os reis de hoje são os Ronaldinhos, o Paulo Coelho, o Bush e os heróis de plantão? Será que celebrar o Senhor Jesus com este título portentoso, “Rei do Universo”, não é mais uma prova de que os cristãos estão delirando, apegados a um passado glorioso, quando a sociedade era cristã e a Igreja tinha poder?

Quando os cristãos confessamos que Cristo é Rei, de que reinado estamos falando? A que Reino estamos nos referindo? Nós realmente acreditamos com todo o coração e confessamos com toda convicção que Jesus Cristo – e só ele! – é Rei: Rei do universo, Rei da história, Rei da humanidade, Rei da vida de cada pessoa humana, cristã ou não-cristã. Ele é Rei porque é Deus feito homem, é, como diz a Escritura, aquele “através de quem e para quem todas as coisas foram criadas, no céu e na terra… Tudo foi criado através dele e para ele… Ele é o Primogênito dentre os mortos” (Cl 1,1518).

No entanto, é necessário compreender a natureza do reinado de Jesus. A Liturgia de hoje coloca como antífona de entrada do Missal romano uma frase do Apocalipse que é surpreendente: “O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a força e a honra. A ele a glória e poder através dos séculos!” Frase surpreendente, sim! Quem é Aquele que proclamamos Rei? O Cordeiro; e Cordeiro imolado. Cordeiro evoca mansidão, paz, fragilidade… Nosso Rei não é aquele que faz e acontece, aquele que passa por cima feito trator… Nosso Rei é o Cordeiro que foi esmagado na cruz, Aquele que foi imolado pelo Pecado do mundo. O mundo passou e passa por cima do nosso Rei, refuta seu Evangelho, desdenha de sua Palavra, ridiculariza seus preceitos, calunia sua Igreja… Esse Rei é Aquele que foi crucificado, que foi derrotado e terminou sozinho, é o homem de dores prenunciado por Isaías. No Evangelho escutamos que zombaram e zombam dele: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se de fato é o Cristo de Deus, o Escolhido! Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!” (Lc 23,35.39)

Não! Decididamente, Jesus não é Rei nos moldes dos reis da terra. Não podemos imaginar os reis, presidentes e manda-chuvas deste mundo, para depois enquadrar Cristo nesses modelos. O reinado de Cristo somente pode ser compreendido a partir da lógica do próprio Cristo: “O Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a vida em resgate por muitos” (Mc 10,45). Eis o modo que Cristo tem de reinar: servindo, dando vida e entregando a própria vida. Tão diferente dos reis da terra, dos políticos e líderes de ontem de hoje: “Sabeis que aqueles que vemos governar as nações as dominam, e os seus grandes as tiranizam. Entre vos não será assim…” (Mc 10,42s). Cristo é Rei porque se fez solidário conosco ao fazer-se um de nós, é Rei porque tomou nossa vida sobre seus ombros, é Rei porque passou entre nós servindo, até o maior serviço: entregar-se totalmente na cruz. É rei porque, agora, no céu, Deus e homem verdadeiro, é Cabeça e Princípio de uma nova criação, de uma nova humanidade, de uma nova história, que se consumará na plenitude final. A festa de Cristo Rei recorda-nos uma outra: a do Domingo de Ramos, quando, com palmas nas mãos, cantamos o reinado de Cristo, que entrava em Jerusalém num burrico – animal de carga de serviço – para ser coroado de espinhos, morrer e ressuscitar.

Tudo isto nos coloca em crise, pois este Rei-Messias olha para nós, cristãos, seus discípulos, e nos convida a segui-lo por esse caminho: não o da glória, mas da humildade; não o do sucesso a qualquer custo, mas da fidelidade a todo preço; não o das honras, mas do serviço; não o da imposição, mas da proposta humilde. Quantas vezes os cristãos pensaram o reinado de Cristo de modo demasiado humano, quantas vezes a Igreja pensou que o Reino do Senhor estava mais presente quando ela era honrada, reverenciada, presente nos corredores dos palácios ou nos palanques dos grandes do mundo… Quantas vezes vemos o reinado do Senhor quando tudo sai bem para nós… Ilusão; tentação diabólica! Nosso verdadeiro reinado, nossa real serviço, nossa inalienável dignidade é unir-se a Cristo no seu caminho de humilde serviço ao Evangelho, seguindo os passos do nosso Senhor: “Fiel é esta palavra: Se com ele morremos, com ele viveremos. Se com ele sofremos, com ele reinaremos” (2Tm 2,11). Todas as vezes que esquecemos isso, fomos infiéis e indignos de reinar com Cristo. Houve tempos gloriosos na nossa história de Igreja de Cristo: já fomos perseguidos pelos romanos, já fomos perseguidos em tantos lugares da terra: já nos mataram, torturaram, pisaram, discriminaram… Houve tempos tristes: quando perseguimos, torturamos e discriminamos… pensando, assim, manifestar o Reino de Cristo! Que engano! Que ilusão!

Nós Adoramos hoje um Rei diferente a começar dos simboços da realeza: Seu trono A Cruz; sua Coroa de espinho; Sua veste real a nudes, enfim nosso Rei soberano passou pelo aniquilamento Kenotico(Fil 2,1s) Para ser exaltado acima de tudo e de todos e se quisermos reinar com ele para sempre não há outro caminho senão o da humildade despojamento e conformidade a vontade do Pai.

Deus  vos abençoe. Padre Josenilson Antonio

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Jesus nos Convida a Conversão


A cada dia Jesus nos convida a conversão, a conversão é uma palavra que vamos conviver com ela até o último dia das nossas vidas. É uma busca diária, uma continuidade de ações e principalmente uma constante renúncia ao pecado.

Se observarmos o que significa conversão e tudo o que vem adicionado nessa ação já desistiríamos antes mesmo de tentar, mas tudo é graça de Deus. E a conversão não seria diferente é uma graça de Deus. Por nossa própria força não conseguiríamos, mas pela graça do Espírito Santo, já estamos em processo de conversão.

A conversão não acontece como mágica, mas diariamente. É preciso pedir todos os dias essa conversão, pedi que o Espírito Santo venha em nosso auxilio e transforme nossa vida, nosso coração. A conversão é justamente isso mudar de vida, mudar totalmente, deixar de ser conduzido pelos desejos humanos e ser conduzido pelo Espírito, em busca das coisas de Deus.

A conversão deve partir primeiramente do coração, um desejo de ser diferente, e adicionar a vontade de Deus na sua vida. Mas para isso precisamos do Espírito Santo a nos conduzir, “A graça do Espírito Santo procura despertar a fé, a conversão do coração e a adesão à vontade do Pai” (CIC. 1098).

São Paulo na sua carta aos Efésios diz: “Renunciai a vida passada, despojai-vos do homem velho, corrompido pelas concupiscências enganadoras. Renovai sem cessar o sentimento da vossa alma, e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus, em verdadeira justiça e santidade.” (Efe 4, 22-24) Nessas palavras de Paulo aos Efésios encontramos nosso combate diário, a luta pela renuncia do homem velho e renovação do homem novo a cada dia.

Que Deus nos conceda a graça do Espírito Santo, para podermos a cada dia concretizarmos a nossa conversão

Pe. Josenilson

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Solenidade de Todos os Santos


Hoje, 1 de novembro a Igreja não celebra a santidade de um cristão que se encontra no Céu, mas sim, de todos. Isto, para mostrar concretamente, a vocação universal de todos para a felicidade eterna.

"Todos os fiéis cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade. Todos são chamados à santidade: 'Deveis ser perfeitos como o vosso Pai celeste é perfeito' "(Mt 5,48) (CIC 2013).

Sendo assim, nós passamos a compreender o início do sermão do Abade São Bernardo: "Para que louvar os santos, para que glorificá-los? Para que, enfim, esta solenidade? Que lhes importam as honras terrenas? A eles que, segundo a promessa do Filho, o Pai celeste glorifica? Os santos não precisam de nossas homenagens. Não há dúvida alguma, se veneramos os santos, o interesse é nosso, não deles".

Sabemos que desde os primeiros séculos os cristãos praticam o culto dos santos, a começar pelos mártires, por isto hoje vivemos esta Tradição, na qual nossa Mãe Igreja convida-nos a contemplarmos os nossos "heróis" da fé, esperança e caridade. Na verdade é um convite a olharmos para o Alto, pois neste mundo escurecido pelo pecado, brilham no Céu com a luz do triunfo e esperança daqueles que viveram e morreram em Cristo, por Cristo e com Cristo, formando uma "constelação", já que São João viu: "Era uma imensa multidão, que ninguém podia contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas" (Ap 7,9).

Todos estes combatentes de Deus, merecem nossa imitação, pois foram adolescentes, jovens, homens casados, mães de família, operários, empregados, patrões, sacerdotes, pobres mendigos, profissionais, militares ou religiosos que se tornaram um sinal do que o Espírito Santo pode fazer num ser humano que se decide a viver o Evangelho que atua na Igreja e na sociedade. Portanto, a vida destes acabaram virando proposta para nós, uma vez que passaram fome, apelos carnais, perseguições, alegrias, situações de pecado, profundos arrependimentos, sede, doenças, sofrimentos por calúnia, ódio, falta de amor e injustiças; tudo isto, e mais o que constituem o cotidiano dos seguidores de Cristo que enfrentam os embates da vida sem perderem o entusiasmo pela Pátria definitiva, pois "não sois mais estrangeiros, nem migrantes; sois concidadãos dos santos, sois da Família de Deus" (Ef 2,19).

Neste dia a Mãe Igreja faz este apelo a todos nós, seus filhos: "O apelo à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade se dirige a todos os fiéis cristãos." "A perfeição cristã só tem um limite: ser ilimitada" (CIC 2028).

Todos os santos de Deus, rogai por nós!


Fonte: Canção nova