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quinta-feira, 11 de março de 2010

Retiro Popular 2010



Apresento-lhes com alegria o Retiro Popular 2010, para o Tempo da Quaresma, com um roteiro de oração e de contato com a Palavra de Deus, no maravilhoso caminho para a Páscoa

A quaresma é uma graça especial para todos. É um período que vai da quarta-feira de Cinzas até a manhã da quinta-feira Santa. A igreja pede que “tanto a liturgia quanto na catequese litúrgica se esclareça melhor a dupla índole do tempo quaresmal que, principalmente pela lembrança ou preparação do batismo e pela penitências, fazendo os fiéis ouvirem com mais frequência a Palavra de Deus e se entregarem à oração, os dispõe à celebração do mistério pascal” . O convite no começo da Quaresma, vivida como um retiro, é que todos iniciem a caminhada em direção à Páscoa, como quem se dedica a um intenso treinamento.
Os exercícios são exigentes, mas muito conhecido de todos. Comecemos com um dia de jejum e abstinência, a quarta-feira de Cinzas, o que também faremos na sexta-feira Santa. A abstinência de carne deve ser feita por todos que já completaram catorze anos de idade. O jejum deve ser feito por aqueles que completaram dezoito anos até sessenta anos começados. Além disso, todas as sextas-feiras do ano, especialmente as da Quaresma, são dias dedicados à penitência, exercício para a graça de Deus nos mantenha “em forma” para o testemunho corajoso de fé em nosso tempo.
Começando nosso tempo especial de formação, com a Palavra de Deus, lida e rezada! Separe, nestes dias, um tempo especial para rezar, tendo a Palavra de Deus como fonte do seu diálogo com Ele. Trata-se de ler com atenção, meditar sobre o que Deus diz com as leituras, conversar com Ele em oração, fazer silêncio e tomar novas decisões, confiando-as ao Espírito Santo, que conduz a nossa vida.

Primeira semana
Abrindo o coração para Deus Reze o Salmo 62, iniciando sua oração de retiro.

Primeiro domingo da quaresma
Dia 21 de fevereiro, primeiro domingo da Quaresma – “Em minhas dores, ó Senhor, permanecei junto de mim”.
Dt 26,4-10
Sl 90
Rm 10,8-13
Lc 4,1-13

Dia 22 de fevereiro, segunda-feira, Cátedra de São Pedro – “O Senhor é o pastor que me conduz, não me falta coisa alguma” – Na festa de hoje, orações pelo Papa Bento XVI.
1Pd 5,1-4
Sl 22
Mt 16,13-19

Dia 23 de fevereiro, terça-feira, São Policarpo – “O Senhor liberta os justos de todas as angústias”.
Is 55,10-11
Sl 33 (34), 4-5.6-7.16-17.18-19 (R/. 18b)
Mt 6,7-15

Dia 24 de fevereiro, quarta-feira – “Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido”
Dia de Via-Sacra no Retiro Popular.
Jn 3,1-10
Sl 50 (51), 3-4.12-13.18-19 (R/. 19b)
Lc 11,29-32

Dia 25 de fevereiro, quinta-feira – “Naquele dia em que gritei, vós me escutastes, ó Senhor”.
Est 14,1-19
Sl 137 (138),1-8 (R/. 3a)
Mt 7,7-12

Dia 26 de fevereiro, sexta-feira – “Se levardes em conta nossas faltas, quem haverá de subsistir?”
– Dia de Via-Sacra no Retiro Popular.
Ez 18,21-28
Sl 129 (130),1-8 (R/. 3)
Mt 5,20-26

Dia 27 de fevereiro, sábado – “Feliz é quem na Lei do Senhor Deus vai progredindo”.
Dt 26, 16-19
Sl 118 (119), 1-2.4-5.7-8 (R/.1b)
Mt5, 43-48

Contemplar o Cristo com os olhos de Maria – A oração do Rosário no Retiro Popular

Segunda semana: Quem reza limpa os olhos e vê o bem

Abrindo o coração para Deus.
Reze o Salmo 15, iniciando sua oração de retiro.

Dia 28 de fevereiro, segundo domingo da Quaresma – “O Senhor é minha luz e salvação”.
Gn 15,5-12.17-18
Sl 26
Fl 3,17-4,1
Lc 9,28b-36

Dia 1° de março, segunda-feira – “O Senhor não nos trata como exigem nossas faltas”.
Dn 9,4b-10
Sl 78 (79),8.9.11.13 (R/. Sl 102 [103], 10a)
Lc 6,36-38

Dia 2 de março, terça-feira – “A todos os que procedem retamente, eu mostrarei a salvação que vem de Deus”.
Is 1,10.16-20
Sl 49 (50),8-9.16bc-17.21 e 23 (R/. 23b)
Mt 23,1-12

Dia 3 de março, quarta-feira – “Salvai-me pela vossa compaixão, ó Senhor Deus”!
Dia de Via-Sacra durante a Quaresma.
Jr 18,18-20
Sl 30 (31),5-6.14.15-16 (R/. 17b)
Mt 20,17-28

Dia 4 de março, quinta-feira – “Deus vigia o caminho dos eleitos” – As quintas-feiras são dedicadas à Eucaristia. Faça a Visita ao Santíssimo Sacramento ou, se for possível, a Adoração Eucarística.
Jr 17,5-10
Sl 1,1-2.3.4 e 6 (R/. Sl 39 [40], 5a)
Lc 16,19-31

Dia 5 de março, sexta-feira – “Lembrai sempre as maravilhas do Senhor” – Dia de Via-Sacra durante a Quaresma.
Gn 37,3-4.12-13a.17b-28
Sl 104 (105),16-17.18-19.20-21 (R/. 5a)
Mt 21,33-43.45-46

Dia 6 de março, sábado – “O Senhor é indulgente e favorável”.
Mq 7,14-15.18-20
Sl 102 (103),1-2.3-4.9-10.11-12 (R/. 8a)
Lc 15,1-3.11-32

Contemplar o Cristo com os olhos de Maria – A oração do Rosário no Retiro Popular

Terceira Semana: O Senhor é bondoso e compassivo

Abrindo o coração para Deus Salmo 41.

Dia 7, Terceiro Domingo da Quaresma – “O Senhor é bondoso e compassivo”.
Ex 3,1-8a.13-15
Sl 102
1Cor 10,1-6.10.12
Lc 13,1-9

Dia 8, segunda-feira – “Oxalá ouvísseis hoje a sua voz: não fecheis os corações como em Meriba!”
2Rs 5,1-15a.
Sl 41,(42), 2.3; 42 (43), 3.4 (R/. 41 [42], 3)
Lc 4,24-30
Ou facultativas (em algum dia da semana)
Ex 17,1-7
Sl 94 (95),1-2.6-7.8-9 (R/. 8)
Jo 4,5-42

Dia 9, terça-feira – “Recordai, Senhor, a vossa compaixão”.
Dn 3,25.34-43
Sl 24 (25),4bc-5ab.6-7bc.8-9 (R/. 6a)
Mt 18,21-35

Dia 10, quarta-feira – “Glorifica o Senhor, Jerusalém!”
– Dia de Via-Sacra no Retiro Popular.
Dt 4, 1.5-9
Sl 147 (147b), 12-13.15-16.19-20 (R/. 12a)
Mt 5, 17-19

Dia 11, quinta-feira – “Oxalá ouvísseis hoje a voz do Senhor: não fecheis os vossos corações”.
Jr 7,23-28
Sl 94
Lc 1,14-23

Dia 12, sexta-feira – “Ouve, meu povo, porque eu sou o teu Deus!”
– Dia de Via-Sacra no Retiro Popular.
Os 14,2-10
Sl 80 (81),6c-8a. 8bc-9. 10-11ab. 14 e 17 (R/. cf. 11 e 9a)
Mc 12,28b-34

Dia 13, sábado – “Eu quis misericórdia e não sacrifícios”.
Os 6,1-6
Sl 50 (51),3-4.18-19.20-21ab (R/. cf. Os 6, 6)
Lc 18,9-14

Contemplar o Cristo com os olhos de Maria – A oração do Rosário no Retiro Popular

Quarta Semana

Abrindo o coração para Deus Salmo 50
Dia 14, Quarto Domingo da Quaresma – “Provai e vede quão suave é o Senhor”
Js 5,9a.10-12
Sl 33
2Cor 5,17-21
Lc 15,1-3. 11-32

Dia 15, segunda-feira – “O Senhor é minha Luz e salvação”.
Is 65,17-21
Sl 29 (30), 2.4.5-6.11-12a e 13b (R/.2ª)
Jo4,43-54

Dia 16, terça-feira – “Conosco está o Senhor do Universo! O nosso refúgio é o Deus de Jacó”.
Ez 47, 1-9.12
Sl 45 (46),02-3. 5-6.8-9 (R/.8)
Jo 5,1-16

Dia 17, quarta-feira – “Misericórdia e piedade é o Senhor”
-Dia da Via-Sacra do Retiro Popular
Is 49, 8-15
Sl 144
Jo 5,17-30

Dia 18 quinta-feira - “Lembrai-vos de nós, ó Senhor, segundo o amor para com vosso povo!”
Ex 32, 7-14
Sl 105
Jo 5,31-47

Dia 19, sexta – feira – Solenidade de São José, Esposo da Bem-Aventurada Virgem Maria, Padroeiro da Igreja Universal – “Eis que a sua descendência durará eternamente”

-Dia da Via-Sacra no Retiro Popular
2Sm 7,4-5a.12-14a.16
Sl 88 (89), 2-3.4-5.27 e 29 (R/37.)
Rm 4, 13.16-18.22
Mt 116.18-21.24 ou Lc 2,41-51

Dia 20, sábado – “Senhor meu Deus, em vos procuro o meu refugio”
Jr 11,18-20
Sl 7,2-3.9bc-10.11-12 (R/.2a)
Jo 7,40-53

Contemplar o Cristo com os olhos de Maria – A oração do Rosário no Retiro Popular

Quinta Semana da Quaresma

Abrindo o coração para Deus reze o Salmo 64

Dia 21, Quinto Domingo da Quaresma – “Maravilhas fez conosco o Senhor, exultemos de alegria!”
Is 43,16-21
Sl 125
Fl 3,8-14
Jo 8,1-11

Dia 22 segunda-feira – “Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais comigo”
Dn 13,1-9.15-17.19-30.33-62
Sl 22(23), 1-3a.3b-4.5.6 (R/.4a)
Jo 8,12-20

Dia 23, terça-feira – “Ouvi, Senhor, escutai minha oração e chegue até vós meu clamor”.
Nm 21, 4-9
Sl 101 (102), 2-3. 16-18.19-21 (R/.2)
Jo 8,21-30

Dia 24, quarta-feira – “A vos louvor, honra e glória eternamente!”
Dia da Via-Sacra no Retiro Popular
Dn 3,14-20.24.49a.91-92.95
Cântico: Dn 3,52.53.54.55.56 (R/.52b)
Jo 8,31-42

Dia 25 quinta-feira, Solenidade da Anunciação do Senhor – “Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor”. Mesmo sendo quinta-feira, contemplemos hoje os mistérios gozosos, nos quais se encontra Solenidade do Senhor que celebramos hoje. Na oportunidade, reze pela Arquidiocese de Belém do Pará e pela posso de seu novo arcebispo!
Is 7,10-1;8,10
Sl39
Hb 10, 4-10
Lc 1,26-38

Dia 26, sexta-feira – “ Ao Senhor eu invoquei na minha angústia e ele escutou a minha voz!

-Dia da Via-Sacra do Retiro Popular
Jr 20,10-13
Sl 17 (18), 2-3a.3bc-4.5-6.7 (R/.cf7)
Jo 10, 31-42

Dia 27, sábado – “O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho”.
Ez 37,21-28
Cântico.: Jr 31,10. 11-12ab.13 (R/. cf. 10d)
Jo11, 45-56

Contemplar o Cristo com os olhos de Maria – A oração do Rosário no Retiro Popular

Semana Santa

Com a prática das cincos semanas da Quaresma, utilize o roteiro da Leitura Orante da Bíblia .
Dia 28 de março, Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor – “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?”

Bênção de Ramos: Lc 19,28-40
Missa Is 50,4-7
Sl 21(22),08-9.17-18a.19-20.23-24 (R/.2a)
Fl 2,6-11
Lc 22, 14-23,56

Dia 29 de março, segunda-feira – “ O Senhor é minha luz e salvação”.
Is 42, 1-7
Sl 26(27), 1.2.3 13-14 (R/.1a)
Jo 12, 1-11

Dia 30 de março, terça-feira – “Minha boca anunciará vossa justiça”.
Is 49, 1-6
Sl 70 (71), 1-2.3-4a. 5-6a. 15 e 17 (R/. cf. 15)
Jo 13, 21-33.36-38

Dia 31 de março, quarta-feira – “Respondei-me pelo vosso imenso amor, neste tempo favorável, Senhor Deus”.
Is 50, 4-9a
Sl 68(69), 8 -10.21bcd-22.31 e 33-34 (R/.14c e b)
Mt 26,14-25

Dia 1 de abril, quinta-feira – “O cálice por nós abençoado é a nossa comunhão com o sangue do Senhor”

Missa do Crisma:
Is 61, 1-3a.6a. 8b-9
Sl 88(89), 21-22.25 e 27 (R/. cf.2a)
Ap 1,5-8
Lc 4,16-21

O Tríduo Pascal não preparação do Domingo da Ressurreição, mas é, segundo a s palavras de Santo Agostinho, o sacratíssimo Tríduo do \Crucificado, Sepultado e Ressuscitado.

Missa Vespertina da Ceia do senhor:
Ex 12,1-8.11-14
Sl115(116B), 12 -13.15-16c. 17-18 (R/.cf.1Cor 10,16)
1Cor 11,23-26
Jo 13, 1-15

Dia 2 de abril, sexta-feira da Paixão do Senhor – “Ó Pai, em tuas mãos eu entrego o meu espírito”.
Is 52,13-53,12
Sl 30(31), 2.6.12-13.15-16-17.25 (R/.Lc 23,46)
Hb 4,14-16;5,7-9
Jo 18,1-19,42

Para a Vigília Pascal, o ponto mais alto do Ano Litúrgico, cada pessoa deve levar à celebração uma vela, a qual será acesa do Círio Pascal, para a renovação das promessas batismais. A Vigília Pascal é celebrada na Noite santa de Páscoa, do dia 3 para o dia 4 de abril, com a bênção do fogo novo, as leituras que nos fazem acompanhar a historia da salvação, a Liturgia Batismal, com a renovação das promessas, e a Liturgia Eucarística.

1.Gn 1,1 -2,2 ou abrev. 1, 1.26-31a
Sl 103 (104), 1-2a 5-6.10.12.13-14.24.35c (R/.cf 30) ou Sl 32(33), 4-5.6-7.12- 13.20.22 (R/.5b)

2. Gn 22,1-8 ou abrev. 22,1-2.9a.10-13.15-18
Sl 15(16) ,5.8.9-10.11 (R/.1ª)

3. Ex 14, 15-15,1
Cântico: Ex 15, 1-2.3-4.5-6.17-18 (R/. 15,1ª)

4. Is 54, 5-14
Sl 29 (30), 2.4.5-6.11.12a.13b (R/.2a)

5. Is 55, 1-11
Cântico: Is 12, 2-3. 4bcd. 5-6 (R/.3)
6. Br 3,9-15.32 -4,4
Sl 18 (19), 8.9.10.11 (R/.Jo6, 68c)

7. Ez 36,16-17a. 18-28
Sl 41 (42), 3.5bcd; 42,3.4 (R/.41,2)
Ou quando há batismos: Is 12,2-3. 4bcd. 5-6(R/.3)
Ou Sl 50(51), 12-13.14-15.18-19 (R/.12ª)

8. Epístola: Rm 6,3-11
Sl 117 (118), 1-2 1ab-17.22-23 (R/Aleluia, aleluia, aleluia)

9. Evangelho: Lc 24,1-12


JEJUM DA QUARESMA

Primeira semana – Jejum da Lingua
Segunda semana- Jejum dos olhos
Terceira semana – Jejum “operação limpeza” remover as tralhas do nosso coração. E tudo deve ser entregue a misericórdia do Senhor na confissão
Quarta semana – Se colocar a serviço da sua paróquia
Quinta semana – Partilha de bens matérias

Dom Alberto Taveira Corrêia
Averbispo de Belém do Pará

IV Domingo da Quaresma


Js 5,9a.10-12
Sl 33
2Cor 5,17-21
Lc 15,1-3.11-32

Este Domingo hodierno, caríssimos, marca como que o início de uma segunda parte da Santa Quaresma. Primeiramente é chamado “Domingo Laetare”, isto é “Domingo Alegra-te”, porque, no Missal, a antífona de entrada traz as palavras do Profeta Isaías: “Alegra-te, Jerusalém! Reuni-vos, vós todos que a amais; vós que estais tristes, exultai de alegria! Saciai-vos com a abundância de suas consolações!” Um tom de júbilo na sobriedade quaresmal! É que já estamos às portas “das festas que se aproximam”. A Igreja é essa Jerusalém, convidada a reunir seus filhos na alegria, pela abundância das consolações que a Páscoa nos traz! Este tom de júbilo aparece nas flores que são colocadas hoje na igreja e na cor rosa dos paramentos do celebrante.

Depois deste Domingo, o tom da Quaresma muda. A partir de amanhã, até a Semana Santa, todos os evangelhos da Missa serão de São João. Isto porque o Quarto Evangelho é, todo ele, como um processo entre os judeus e Jesus: os judeus levarão Jesus ao tribunal de Pilatos. Este condena-lo-á, mas Deus haverá de absolvê-lo e ressuscitá-lo! A partir de amanhã também, a ênfase da Palavra de Deus que ouviremos na Missa da cada dia, deixa de ser a conversão, a penitência, a oração e a esmola, para ser o Cristo no mistério de sua entrega de amor, de sua angústia, ante a paixão e morte que se aproximam.

Em todo caso, não esqueçamos: a Quaresma conduz à Páscoa. A primeira leitura da Missa no-lo recorda ao nos falar da chegada dos israelitas à Terra Prometida. Eles celebraram a Páscoa ao partirem do Egito e, agora, chegando à Terra Santa, celebram-na novamente. Aí, então, o maná deixou de cair do céu. Coragem, também nós: estamos a caminho: nossa Terra Prometida é Cristo, nossa Páscoa é Cristo, nosso maná é Cristo! Ele, para nós, é, simplesmente, tudo! Estão chegando os dias solenes de celebração de sua Páscoa!

Quanto à liturgia da Palavra, chama-nos atenção hoje a parábola do filho pródigo. Por que está ela aí, na Quaresma? Recordemos como Lucas começa: “Naquele tempo, os publicanos e pecadores aproximavam-se de Jesus para escutá-lo. Os fariseus, porém, e os escribas criticavam Jesus. ‘Este homem acolhe os pecadores e faz refeição com eles’”. Então: de um lado, os pecadores, miseráveis sem esperança ante Deus e ante os homens, que, agora, cheios de esperança nova e alegria, aproximam-se de Jesus, que se mostra tão misericordioso e compassivo. Do outro lado, os homens de religião, os praticantes, que sentem como que ciúme e recriminam duramente a Jesus! É para estes que Jesus conta a parábola, para explicar-lhes que o seu modo de agir, ao receber os pecadores, é o modo de agir de Deus!

Quem é o Pai da parábola? É o Deus de Israel, o Pai de Jesus. Quem é o filho mais novo? São os pecadores e publicanos. Este filho sem juízo deixou o Pai, largou tudo, pensando poder ser feliz por si mesmo, longe de Deus, procurando uma liberdade que não passava de ilusão. Como ele termina? Longe do Pai, sozinho, humilhado e maltrapilho, sem poder nem mesmo comer lavagem de porcos – recordemos que, para os judeus, os porcos são animais impuros! Mas, no seu pecado, na sua loucura e na sua miséria, esse jovem é sincero e generoso: caiu em si, reconheceu que o Pai é bom (como ele nunca tinha parado para perceber), reconheceu também que era culpado, que fora ingrato… e teve coragem de voltar: confiou no amor do Pai. Cheio de humildade, ele queria ser tratado ao menos como um empregado! Esse moço tem muito a nos ensinar: a capacidade de reconhecer as próprias culpas, a maturidade de não jogar a responsabilidade nos outros, a coragem de arrepender-se, a disposição de voltar, confiando no amor do Pai! Para cada filho que volta assim, o Pai prepara uma festa (a Páscoa) e o novilho cevado (o próprio Cristo, cordeiro de Deus) e um banquete (a Eucaristia) e a melhor veste (a veste alva do Batismo, cuja graça é renovada na Reconciliação).

E o filho mais velho, quem é? São os escribas e fariseus, são os que pensam que estão em ordem com o Pai e não lhe devem nada, são os que se acham no direito de pensar que são melhores que os demais e, por isso, merecem a salvação. O filho mais velho nunca amou de verdade o Pai: trabalhou com ele, nunca saiu do lado dele, mas fazendo conta de tudo, jamais se sentindo íntimo do Pai, de tudo foi fazendo conta para, um dia, cobrar a fatura: “Eu trabalho para ti a tantos anos, jamais desobedeci qualquer ordem tua. E tu nunca me deste um cabrito para eu festejar com meus amigos” O filho nunca compreendera que tudo quanto era do Pai era seu… porque nunca amara o Pai de verdade: agia de modo legalista, exterior, fazendo conta de tudo… E, agora, rancoroso, não aceitava entrar na festa do Pai, no coração do Pai, no amor do Pai, para festejar com o Pai a vida do irmão! O Pai insiste para que entre… mas, os escribas e os fariseus não quiseram entrar na festa do Pai, que Jesus veio celebrar neste mundo…

Quem somos nós, nesta parábola? Somos o filho mais novo e somos também o mais velho! Somos, às vezes, loucos, como o mais jovem, e duros e egoístas, como o mais velho. Pedimos perdão como o mais novo, e negamos a misericórdia, como o mais velho. Queremos entrar na festa do Pai como o mais novo, e, às vezes, temos raiva da bondade de Deus para com os pecadores, como o mais velho! Convertamo-nos!

São Paulo nos ensinou na Epístola que, em Cristo, Deus reconciliou o mundo com ele e fez de nós, criaturas novas. O mundo velho, marcado pelo pecado, desapareceu. Em nome de Cristo, Paulo pediu – e eu vos suplico também: “Deixai-vos reconciliar com Deus! Aquele que não cometeu nenhum pecado, Deus o fez pecado por nós, para que nele nos tornemos justiça de Deus!”

Alegremo-nos, pois! Cuidemos de entrar na festa do Pai, que Cristo veio trazer: peçamos perdão a Deus, demos perdão aos irmãos! “Como o Senhor vos perdoou e acolheu, perdoai e acolhei vossos irmãos!” Deixemos que Cristo nos renove, ele que é Deus bendito pelos séculos. Amém.

Jejum, Penitência e Oração


Em nossos relacionamentos com as pessoas, existe um ritual que nós realizamos naturalmente, sem perceber. Por exemplo, quando queremos agradar uma pessoa a quem amamos, fazemos-lhe carinho, dizemos-lhe palavras boas, damos a ela alguma coisa, um objeto, um presente, que é nosso, de que nós gostamos, mas que queremos dar a ela como gesto de amizade.


De outras vezes, quando magoamos alguém, queremos fazer de tudo para apagar aquele gesto impensado: pedimos desculpas, lastimamos o nosso procedimento, até que sentimos que aquilo ficou esquecido. Nós nos penitenciamos diante das pessoas que amamos. Penitência é um ato de amor.

No nosso relacionamento com Deus, a penitência torna-se premente para nós. Temos necessidade de mostrar a Ele nosso amor porque tudo o que temos vem d’Ele e é d’Ele. Devemos mostrar-nos humildes diante d’Ele porque, sem a sua providência, nada somos. A recepção das cinzas na fronte, durante a missa da quarta-feira de cinzas, se feita com convicção, é um gesto de humildade muito agradável a Deus. Precisamos também nos penitenciar ainda mais porque erramos muito, pecamos e não correspondemos à magnitude do amor divino. Mas Ele é misericordioso e basta um pequeno gesto nosso em sua direção que Ele se consome de piedade por nós.

A penitência implica em arrependimento, dor por causa de nossas falhas e propósito de evitá-las e confiança na ajuda de Deus. Nutre-se da esperança na sua misericórdia. Ela se exprime de formas muito variadas, em particular, com o jejum, a oração e a esmola. Essas e muitas outras formas de penitência podem ser praticadas na vida cotidiana do cristão, em particular no tempo da quaresma e no dia penitencial da sexta-feira. A penitência interior é o dinamismo do “coração contrito”, movido pela graça divina a responder ao amor misericordioso de Deus.

A prática do jejum é uma forma de penitência. A Igreja nos pede o jejum durante a quaresma, mas podemos praticá-lo em várias situações. A propósito diz a legislação complementar do Código de Direito Canônico que: “Quanto aos cânn. 1251: 1. Toda sexta-feira do ano é dia de penitência, a não ser que coincida com solenidade do calendário litúrgico. Os fiéis nesse dia se abstenham de carne ou outro alimento, ou pratiquem alguma forma de penitência, principalmente obra de caridade ou exercício de piedade.” Conhecemos pessoas que se privam de guloseimas agradáveis ao paladar, colocando esse sacrifício como uma alavanca por intenção de um ente querido.

Há também o jejum da palavra ferina. Muitas vezes temos ímpetos de dar uma resposta ofensiva a alguém. Mas, se nos abstemos disto, estamos praticando jejum. Somos convidados, por fim, a jejuar de todos os sentidos como maus pensamentos, maus olhares, maus desejos, más palavras, uso indevido de nossas mãos e de nossos pés na busca desenfreada das paixões desordenadas.

O repartir os nossos bens com outras pessoas é também uma maneira de jejuar. Neste mundo consumista, queremos sempre ter e nos esquecemos de dar. É um jejum admirável quando a pessoa se desprende do que gosta em detrimento do outro que necessita daquilo.

Enfim, uma penitência maravilhosa, prodigiosa é a oração. Assim como, no nosso dia-a-dia é necessário conviver com as pessoas, falar-lhes e escutá-las, mais ainda é preciso praticar a oração com Deus, falar com Ele e escutar o que Ele nos diz. Não podemos limitar nossas orações a pedidos. Só queremos falar com Deus pedindo, pedindo, pedindo...

Primeiro, nós O louvamos pela sua grandeza e majestade infinita. Em seguida, nós devemos agradecer a Ele tudo o que temos e somos. Depois disto, então, pedimos uma graça, uma bênção, uma providência, um socorro. Alguém já disse que "a oração é à força do homem e a fraqueza de Deus", porque Ele é que nos amou primeiro e quer que sejamos felizes. Importante, muito mais importante ainda, é que nós saibamos escutar o que Deus tem a nos dizer. Nós, na maioria das vezes, queremos só falar, mas, como num diálogo, precisamos aprender a escutar a Palavra de Deus.

E Deus, na sua insondável misericórdia, nos fala de várias maneiras: através da Bíblia, através dos acontecimentos, através da palavra de um amigo e até de um estranho. A nossa vida é uma constante palavra de Deus. A nossa própria consciência é a presença de Deus nos alertando sobre alguma coisa, tanto quando praticamos um gesto nobre como quando erramos.Até em pensamentos podemos conversar com Deus. Ele nos deu vários caminhos para chegar a Ele, que está de mãos estendidas para nós. Só falta abrirmos o coração.


Padre Wagner Augusto Portugal.

Fonte: Catolicanet




terça-feira, 9 de março de 2010

40 dias de reflexão


Viver no mundo sem seguir suas orientações


Em um mundo dessacralizado, distante da prática religiosa, percebe-se a influência dos tempos litúrgicos. Embora deformados, o Natal, a Páscoa e outras festividades têm ressonância no ambiente humano. Ainda que seja débil sua repercussão na consciência dos indivíduos, devem ser utilizadas em favor dos objetivos de evangelização, que é levar aos homens a Mensagem de Cristo.

As semanas que antecedem as comemorações da Morte e Ressurreição do Salvador, denominadas “tempo quaresmal”, nos proporcionam ricos ensinamentos, farta e bela semeadura, capaz de, uma vez aproveitada, produzir abundantes frutos espirituais.

Recordam outra “quaresma”, os quarenta dias de Jesus no deserto, preparando-se para sua missão salvífica. Ensina-nos o evangelista Marcos (1, 12-13): “E logo o Espírito o impeliu para o deserto. E ele esteve no deserto quarenta dias, sendo tentado por Satanás e vivia entre as feras e os anjos o serviam”. E Lucas (4, 1-13) completa a descrição mostrando a vitória de Jesus sobre as tentações. Esse fato é revivido pela Igreja a cada ano e isso ocorre, entre outros motivos, pela sua própria natureza. Diz o Vaticano II em “Lumen Gentium” nº8: “A Igreja, reunindo em seu próprio seio os pecadores, ao mesmo tempo santa e sempre na necessidade de purificar-se, busca sem cessar a penitência e a renovação”. Queremos uma Igreja sem mancha nem rugas, embora composta de homens. Isso somente será possível através de uma verdadeira conversão. Exatamente é este o alvo do tempo litúrgico da Quaresma.

São seis semanas de preparação para a Páscoa. Ela une profundamente cristãos e judeus. A mesma Sagrada Escritura serve de elemento constitutivo para uns e outros. A diferença é que nós celebramos o que já aconteceu – a vinda do Messias esperado – e vivemos na esperança da vida definitiva no paraíso; os israelitas, na expectativa do Salvador prometido ou o Reino de Deus.

Uma eficaz e condigna celebração da Páscoa se obtém, sobretudo, pela lembrança das exigências do Batismo, a frequência em ouvir a Palavra de Deus, a oração, o jejum e a esmola. A penitência é uma característica desta época. Lamentavelmente, hoje em dia, os cristãos, arrefecidos em sua Fé, esquecem-se desses compromissos.

O Concílio Ecumênico, na Constituição “Sacrosanctum Concilium”, adverte: “A penitência no tempo quaresmal não seja somente interna e individual, mas também externa e social” (nº110). São recomendados também “os exercícios espirituais, as liturgias penitenciais, as peregrinações em sinal de penitência, as privações voluntárias, como o jejum e a esmola, a partilha fraterna (obras caritativas e missionárias)” (Catecismo da Igreja Católica, nº1438).

Esse quadro nos indica o caminho da perfeição, que passa pela Cruz. E lembra o dever da santidade, que, para ser cumprido, exige o esforço. Em consequência, a ascese e a mortificação, fazem parte do plano de Deus a respeito de seus filhos.

O quinto mandamento da Igreja prescreve o jejum e a abstinência. Eles são um meio de dominar os instintos e adquirir a liberdade de coração. Estão presentes também no Código de Direito Canônico (cc 1249 a 1253). O primeiro começa: “Todos os fiéis, cada qual a seu modo, estão obrigados pela lei divina a fazer penitência”. E no seguinte: “Os dias e tempos penitenciais em toda a Igreja são todas as sextas-feiras do ano e o tempo da Quaresma”. No Brasil, a abstinência das sextas-feiras – exceto na Semana Santa – pode ser comutada por “outras formas de penitência, principalmente obras de caridade e exercícios de piedade”.

Este período do ano litúrgico coloca diante de nossos olhos, como imperativo da vida cristã, a conversão – através da penitência. Ora, nós respiramos uma atmosfera visceralmente contrária. Tudo em torno de nós sugere o prazer sem limites, isento de compromisso, um comportamento à margem das exigências oriundas das determinações do Evangelho. Essa maneira de ser penetrou os umbrais sagrados. Assim, pouco se fala do pecado, dos deveres que são substituídos por direitos sem barreiras, de um Cristo despojado de seus ensinamentos, que constrangem a sede ilimitada de liberdade sem peias.

Esta época litúrgica tem muita semelhança com o apelo dos profetas à conversão, e esta, a partir do coração. Tanto é assim que usamos os textos do Antigo Testamento na escuta da Palavra de Deus, dirigida a cada um dos fiéis em nossos dias.

O apelo de Pedro deve repercutir em nossos ouvidos: “Salvai-vos, dizia ele, dessa geração perversa” (Atos 2,40). Vivemos no mundo, mas sem seguir suas orientações. O cristão será sempre alguém que “rema contra a corrente”. Quando encontramos um pregador ou um agente pastoral que teme ensinar a mesma Doutrina de Jesus Cristo ou prefere amenizá-la para não afastar os fiéis, sabemos que não são verdadeiros pastores.

A Quaresma é um tempo propício à reflexão cristã, a uma conversão do coração, a uma prática de penitência, tão distanciada de uma mentalidade moderna à margem do Evangelho, mas que penetrou até nas fileiras dos seguidores de Cristo.

Vivendo os ensinamentos da Igreja neste tempo litúrgico, nos dispomos a receber as graças da Páscoa da Ressurreição.

Dom Eugênio Sales
Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro

Fonte: Site da Arquidiocese do Rio de Janeiro



sexta-feira, 5 de março de 2010

PACIÊNCIA E MISERICÓRDIA III Domingo da Quaresma!!!

A conversão constitui o apelo fundamental do Tempo da Quaresma, em preparação à Páscoa. A conversão não é algo de adquirido uma vez por todas. Trata-se de um processo fundamental: consiste fundamentalmente em deixar o mal e fazer o bem.
As leituras deste III Domingo mostram que, através da história, Deus faz apelos à conversão. A partir dela, Deus exerce a sua misericórdia.
O Deus presente na história do povo de Israel tem pena do seu povo e vai libertá-lo dos opressores (cf. 1ª leitura, Ex. 3, 1-8. 13-15). Paulo lembra que nem todos que foram objeto da ação misericordiosa de Deus na experiência do Êxodo corresponderam à Sua misericórdia. Servem de exemplo, de alerta, para que não façamos o mesmo (2ª leitura, 1Cor. 10, 1-6. 10-12).
No Evangelho (Lc. 13, 1-9) Jesus alerta que as catástrofes não devem ser interpretadas como castigos pessoais, mas como apelo de conversão para os sobreviventes. Deus concede o tempo necessário para se produzir em frutos de boas obras. Importa aproveitá-lo como tempo propício, vivendo a conversão.
O Senhor espera frutos da figueira, espera frutos de nossa vida cristã. A parábola põe em relevo a paciência de Deus na espera desses frutos. Ele não quer a morte do pecador, mas que se converta e viva ( Ez. 33, 11) e, como ensina São Pedro, “usa de paciência convosco, não querendo que alguns pereçam, mas que todos cheguem à conversão” (2Pd. 3, 9). Esta paciência, ou essa clemência divina, não nos pode levar a descuidar os nossos deveres, assumindo uma posição de preguiça e comodidade que tornaria estéril a própria vida. Deus, ainda que seja misericordioso, também é justo, e castigará as faltas de correspondência à Sua graça.
“Mas se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo” (Lc. 13, 03). Palavras severas, que nos fazem compreender que, com Deus, não se pode brincar; e, no entanto, palavras que procedem do amor de Deus que, por todos os meios, quer a salvação de todas as Suas criaturas. Deus já não fala hoje ao Seu povo por meio de Moisés, mas por meio de Seu Filho Jesus; faz-Se presente, não num silvado que arde sem se consumir, mas no Seu Filho Unigênito que, chamando os homens à penitência, personifica a misericórdia infinita que nunca se consome. Com essa misericórdia, Jesus suplica ao Pai que se prolongue o tempo e espere um pouco mais, até que todos se corrijam; assim como faz o agricultor da parábola, o qual, perante a figueira estéril, diz ao dono: “ Senhor, deixa-a ainda este ano…”. Jesus oferece a todos os homens a Sua graça, vivifica-os com os méritos da Sua Paixão, alimenta-os com o Seu Corpo e Sangue, pede para eles a misericórdia do Pai: que mais poderia fazer? Ao homem corresponde não abusar de tantos benefícios, mas valer-se deles para dar frutos de autêntica vida cristã.
Para ser um autêntico discípulo do Senhor, temos de seguir o seu conselho: “Se alguém quiser vir após mim, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me” (Mt. 16, 24). Não é possível seguir o Senhor sem a Cruz. Carregar a cruz – aceitar a dor e as contrariedades que Deus permite para nossa purificação, cumprir com esforço os deveres próprios, assumir voluntariamente a mortificação cristã – é condição indispensável para seguir o Mestre.
“Que seria de um Evangelho, de um cristianismo sem Cruz, sem dor, sem o sacrifício da dor?, perguntava-se Paulo VI. Seria um Evangelho, um cristianismo sem Redenção, sem Salvação, da qual – devemos reconhecê-lo com plena sinceridade – temos necessidade absoluta. O Senhor salvou-nos por meio da Cruz; com a Sua morte, devolveu-nos a esperança, o direito à Vida…” Seria um cristianismo desvirtuado que não serviria para alcançar o Céu, pois “o mundo não pode salvar-se senão por meio da Cruz de Cristo”.
O cristão que vive fugindo sistematicamente do sacrifício, que se revolta com a dor, afasta-se também da santidade e da felicidade, que se encontra muito perto da Cruz, muito perto de Cristo Redentor. “Se não te mortificas, nunca serás alma de oração” (Sã Josemaria Escrivá – Caminho, 172). E Santa Teresa ensina: “Pensar que (o Senhor) admite na Sua amizade gente regalada e sem trabalhos é disparate”. Deus vos abençoe Padre Josenilson