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sexta-feira, 11 de março de 2011

Retiro Popular


Convido a todos a juntos fazermos nosso retiro popular, o qual Dom Alberto Taveira Corrêa de escreveu e nos leva a refletir de uma maneira especial esse maravilhoso tempo de conversão.

Roteiro Diário

1- Oração: Sem a ação do Espirito Santo, voltamos ao nada! Sem sua força, nada existe de puro e de inocente. Peça todos os dias que Ele inspire seu tempo de oração pessoal. Repita essa oração do Papa VI.

Ó Espirito Santo, daí-me um coração grande, aberto à vossa silenciosa e forte palavra inspiradora, fechado a todas as ambições mesquinhas, alheio a qualquer desprezível competição humana, compenetrado do sentido da Santa Igreja! Um coração grande, desejoso de se tornar semelhante ao coração do Senhor Jesus! Um coração grande e forte para amar a todos! Um coração grande e forte para superar todas as provações, todo tédio, todo cansaço, toda desilusão, toda ofensa! Um coração grande e forte, constante até o sacrifício, quando for necessário! Um coração cuja felicidade é palpitar com o coração de Cristo e cumprir, humilde, fiel e firmemente a vontade do Pai. Amém.

2- Leitura orante da Palavra de Deus.

3- Vida Crista, vida de Igreja:

· Via-sacra;

· Rosário e outras praticas;

· Participar da missa aos Domingo e se possível na semana.

4- Gestos penitenciais:

· Oração;

· Penitencia e jejum;

· Caridade .

5- Campanha da Fraternidade:

O Tema da campanha esse ano é “Fraternidade e a vida no planeta” e o lema “A criação geme em dores de parto”. Participe!

6- Páscoa da ressurreição

Dia 9 de março, quarta –feira de Cinzas

“Misericordia, ó Senhor, pois pecamos” – Ao receber as Cinzas, acolha o convite da Igreja para o tempo forte da Quaresma: “Convertei-vos e crede no Evangelho”. E para todo o Brasil começa a Campanha da Fraternidade de 2011: Fraternidade e vida n Planeta” – A criação geme em dores de parto” (cf.Rm8,22)

Jl2, 12-18

Sl 50 (51), 3-4.5-6ª.12-13.14 e 17 (R/. cf.3ª)

2Cor 5, 20-6,2

Dia 10 de março, quinta-feira depois das Cinzas

“É feliz quem a Deus se confia” Pedro anunciou com entusiasmo a sua fé em Jesus, o Cristo de Deus. Para ele, essa certeza é garantia de vida e sucesso. É quando Jesus começa a falar da sua paixão e sua morte. A vida verdadeira só pode nascer quando se renuncia a buscar a própria realização a qualquer custo.

Dt 30, 15-20

Sl 1, 1-2.3.4 e 6 (R/cf. Sl 39, 5a)

Lc 9, 22-25

Dia 11 de março, sexta-feira depois das Cinzas

“Ó Senhor, não desprezeis um coração arrependido”. O cristão não jejua como sinal de luto, mas jejua na esperança, pois aguarda o dia do grande banquete preparado por Deus. O jejum se torna o gesto de abertura para Deus, de quem se espera tudo!

Is 58, 1-9a

Sl 50 (51), 3-4.5-6a.18-19 (R/19b)

Mt 9, 14-15

quinta-feira, 10 de março de 2011

Novena de São José


Oração preparatória para todos os dias:

Deus e Senhor meu, Uno e Trino, Pai, Filho e Espírito Santo, creio que estou em vossa soberana presença agora, quando pretendo consagrar a São José esta novena.

Adoro-Vos com todo o meu coração, porque sois infinitamente bom e digno de ser amado sobre todas as coisas.

Adoro-Vos com toda a intensidade de que sou capaz, e arrependo-me dos muitos pecados que fiz contra Vossa Divina Majestade.

Quero, nesta novena, aprender as virtudes que, com tanta perfeição, praticou o glorioso Patriarca São José, e alcançar, por sua intercessão, as graças de que tanto preciso. Senhor, quem sou eu para atrever-me a comparecer diante de Vossa presença?

Conheço a deficiência de meus méritos e a multidão de meus pecados, pelos quais não mereço ser ouvido em minhas orações; mas, o que não mereço merece-o o pai nutrício de Jesus; o que não posso ele pode. Venho, portanto, com toda a confiança, implorar a divina clemência, não fiado em minha fraqueza, mas no poder e valimento de São José. Amém.

Primeiro dia

Dou graças à Santíssima Trindade, Santíssimo São José, pelos muitos privilégios, méritos e virtudes com que vos enriqueceu e, principalmente, pelo grande e singularíssimo mérito a poucos concedido, de ter sido santificado no ventre de vossa mãe e confirmado em graça. Que alegria para vosso coração ver-vos livre do pecado, que é a única coisa que desagrada a Deus Filho, que vos chamava de Pai! Que graças destes à Trindade Beatífica por esse tão assinalado privilégio! Eu vos felicito com todo o meu coração, pela inocência incomparável que tivestes desde antes de nascer e pela graça a amizade particular com que o mesmo Deus vos distinguiu.

Por esse privilégio e pela grande alegria que ele vos causou, suplico-vos, ó meu querido pai, que me alcanceis de Deus, um grande ódio ao pecado, grande amor às virtudes e à minha salvação eterna. E como creio que a graça que desejo conseguir nesta novena será benéfica à minha salvação, tenho inteira confiança de que a alcançareis por vossa poderosíssima intercessão; todavia, se minha oração não for bem dirigida, endireitai-a e rogai ao boníssimo Deus por mim. Amém.

Pede-se agora a graça que necessita conseguir

Para melhor alcançar as graças pedidas, rezaremos sete Pai-nossos, sete Ave-Marias e sete Glórias ao Pai... em honra das alegrias e dores do glorioso Patriarca.

Oração final para todos os dias:

Lembrai-vos, ó puríssimo Esposo da Virgem Maria, ó meu doce Protetor São José, que jamais se ouviu dizer que alguém tivesse invocado vossa proteção, implorando vosso socorro e não fosse por vós consolado.

Com grande confiança, venho, à vossa presença, recomendar-me fervorosamente a vós. Não despreseis a minha súplica, ó pai adotivo do redentor, mas dignai-vos acolhê-la piedosamente. Assim seja.

ANT. – José, filho de Davi, não temas receber Maria, vossa Esposa Santíssima, em vossa companhia, porque o que ela leva em suas puríssimas entranhas é por obra do Espírito Santo.

V. Rogai por nós, José santíssimo.

R. Para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

Oremos: Ó Jesus, que por uma inefável providência, vos dignastes escolher o bem-aventurado esposo de vossa Mãe Santíssima; concedei-nos que aquele mesmo que veneramos como protetor, mereçamos tê-lo no Céu por nosso intercessor. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Quarta feira de cinzas

Hoje quarta feira inicia-se o tempo quaresmal, o retiro da igreja que durante quarenta dias faz sua preparação pra celebrar a maior de todas as celebrações: a Páscoa do senhor.
A riqueza espiritual desse tempo liturgico é como uma fonte inesgotavel e vamos ao decorrer de toda a quaresma aprofunda-lo.
Vamos hoje metidar sobre a quarta feira de cinzas. Qual seu significado? A igreja na sua sabedoria viu a necessidade de iniciar o tempo da quaresma com um dia que fosse marcado pela externação da fragilidade humana que reconhece a si mesma como pó, que necessita do sopro de vida que o senhor sopra sobre ela. Nesse dia alem da celebração penitencial onde os fieis recebem as cinzas na cabeça como sinal da sua fragilidade, é um dia onde a igreja nos convida a viver o jejum e a oração para mortificação da carne e o crescimento da vida no espirito. Na liturgia da palavra somos convidados a viver o jejum, a oração e a caridade. Sendo que todas essas ações devem ter como motivação principal nossa união com Deus e nunca um modo de ser vistos pelos homens.
Que possamos viver bem esse tempo de busca de crescimento interior e de forma especial a viver esse dias de reconhecimento da nossa fragilidade e necessidade de Deus.


Deus abençoe a todos

sábado, 5 de março de 2011

Homilia IX Domingo do Tempo Comum

Em Dt 11, 18. 26-32 temos um discurso de Moisés no final da vida. Ele relembra aos Hebreus os compromissos assumidos para com Deus e os convida a renovar a Aliança com o Senhor. É um convite a ter a Palavra de Deus sempre presente: “gravada no coração e na alma”.

Jesus, em Mt 7, 21-27, afirma solenemente: “Nem todo aquele que me diz, ‘Senhor, Senhor entrará no Reino dos Céus, más sim aquele que pratica a vontade de meu Pai que está nos céus’”.

Na ocasião em que o Senhor pronunciou essas palavras, falava diante de muitos que tinham transformado a oração numa mera recitação de palavras e fórmulas, que depois não influíam em nada na sua conduta hipócrita e cheia de malícia. O nosso diálogo com Cristo não deve ser assim: Ensinava São Josemaria Escrivá: “A tua oração tem de ser a do filho de Deus; não a dos hipócritas, que hão de escutar de Jesus aquelas palavras: “Nem todo aquele que diz Senhor!, Senhor! entrará no Reino dos Céus”. – A tua oração, o teu clamar; Senhor!, Senhor!, tem de andar unido, de mil formas diversas no teu dia, ao desejo e ao esforço eficaz de cumprir a vontade de Deus” (Forja, nº 358).

O caminho que conduz ao Céu e à felicidade aqui na terra, diz Santo Hilário, “é a obediência à vontade divina, não a repetição do seu nome”. A oração deve fazer-se acompanhar do desejo de realizar o querer de Deus que se nos manifesta de formas tão variadas. “Seria estranho – exclama Santa Teresa – que Deus nos estivesse dizendo claramente que nos ocupássemos de alguma coisa que é do seu interesse, e nós não o quiséssemos, por estarmos mais interessados no nosso gosto”.

Que pena se Deus quisesse levar-nos por um caminho e nós nos empenhássemos em seguir por outro! Certamente gostaríamos de merecer que nos chamassem “aqueles que amam a vontade de Deus. Empreguemos os meios para isso, dia após dia! E esses meios consistirão normalmente em nos perguntarmos muitas vezes ao longo do dia: faço neste momento o que devo fazer?

O empenho em procurar em tudo a vontade de Deus – a sua glória – dá-nos uma particular fortaleza contra as dificuldades e tribulações que tenhamos de padecer: doenças, calúnias, dificuldades econômicas…

No texto de Mt 7, 21-27 que estamos meditando podemos identificar os falsos profetas, os falsos discípulos, os falsos cristãos. Estes são os que dizem “Senhor, Senhor”, mas não fazem a vontade de Deus; não mantêm com Deus uma relação de comunhão e de intimidade; têm Deus nos lábios, mas o seu coração está cheio de maldade… Falam muito e bem, mas as suas obras denunciam a sua falsidade. O verdadeiro cristão é aquele que une a vontade do Pai; aquele que une a fé à vida.

Jesus fala da casa construída sobre a rocha e sobre a areia.

A vida do cristão que segue o Senhor com obras – a sua casa – não desmorona, porque está edificada sobre o mais completo abandono na vontade de Deus.

Procuremos construir a casa sobre a rocha! Somente a fé, que se exercida numa adesão plena à vontade de Deus, permite ao homem edificar a sua casa sobre a rocha e não teme que ventos e tempestades invistam contra elas. A casa é a vida cristã, que, cimentada na fé de Cristo e no cumprimento de Sua palavra, pode lançar o desafio a qualquer furacão e ainda ao tempo e à morte, convertendo-se um dia em vida eterna.

Em que tipo de alicerce queremos construir a casa de nossa vida?

Sobre a rocha firme da Palavra de Deus ouvida e praticada ou sobre valores efêmeros do dinheiro, do poder, da fama, da glória, da mentira, da injustiça ou da violência?

Um alicerce sólido e forte pode servir também de apoio para outras edificações mais fracas. A nossa vida interior, impregnada de oração e de realidades, pode servir de ajuda a muitos outros homens, que encontrarão em nós a fortaleza necessária quando as suas forças fraquejarem.

Não nos separemos em nenhum momento de Jesus! “Quando te vires atribulado…, e também na hora do triunfo, repete: – Senhor, não me largues, não me deixes, ajuda-me como a uma criatura inexperiente, leva-me sempre pela tua mão!”. “Jesus, eu me ponho confiadamente nos teus braços, escondida a minha cabeça no teu peito amoroso, pegado o meu coração ao Teu coração: quero, em tudo, o que Tu quiseres” (São Josemaria Escrivá, Forja, nº 654 e 529). Só o que Tu quiseres, Senhor! Não quero mais nada!

quinta-feira, 3 de março de 2011

Papa explica regra da obediência: "tudo por amor, nada por força"


O Papa Bento XVI falou sobre o francês São Francisco de Sales, Bispo e Doutor da Igreja - que viveu entre os séculos XV e XVI, época de discussões teológicas sobre predestinação e fortalecimento do calvinismo -, na Catequese desta quarta-feira, 2.

O Pontífice apontou um dos ensinamentos do santo como estrada para a verdadeira obediência:

"Adverte-se bem, lendo o livro sobre o amor de Deus e ainda mais as outras tantas cartas de direção e de amizade espiritual, aquele conhecedor do coração humano que foi São Francisco de Sales. A Santa Giovanna di Chantal escreve: '[…] Eis a regra da nossa obediência que vos escrevo em letras maiúsculas: FAZER TUDO POR AMOR, NADA POR FORÇA - AMAR MAIS A OBEDIÊNCIA QUE TEMER A DESOBEDIÊNCIA. Deixo-vos o espírito de liberdade, não enquanto aquele que exclui a obediência, porque essa é a liberdade do mundo; mas aquele que exclui a violência, a ânsia e o escrúpulo'", recordou.


Acesse
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NA ÍNTEGRA: Catequese de Bento XVI sobre São Francisco de Sales

O Santo Padre também lembrou que a época atual busca a liberdade, também com violência e inquietudes. Exatamente por isso, não deve escapar a atualidade do grande mestre de espiritualidade e paz que foi São Francisco, "que entrega a seus discípulos o 'espírito de liberdade', aquela verdadeira, no cume de um ensinamento fascinante e completo sobre a realidade do amor. [...] Recorda que o homem traz inscrita no profundo de si a nostalgia de Deus e que somente n'Ele encontra a verdadeira alegria e a sua realização mais plena", afirmou o Papa.

Francisco de Sales viveu um drama espiritual e teve grandes dúvidas sobre a própria salvação eterna e a predestinação de Deus a seu respeito. No ápice de sua provação, dirigiu-se à igreja dos Dominicanos, em Paris, abriu o coração e rezou: "Aconteça o que acontecer, Senhor, tu que tens tudo na tua mão, e cujas vias são justiça e verdade; seja o que for que tu tenhas estabelecido para mim...; tu que és sempre justo juiz e Pai misericordioso, eu te amarei, Senhor [...], te amarei aqui, ó meu Deus, e esperarei sempre na tua misericórdia, e sempre repetirei o teu louvor... Ó, Senhor Jesus, tu serás sempre a minha esperança e a minha salvação na terra dos vivos".

"Aos vinte anos, Francisco encontrou a paz na realidade radical e libertadora do amor de Deus: amá-lo sem nunca pedir nada em troca e confiar no amor divino; não questionar mais o que fará Deus comigo: eu o amo simplesmente, independentemente de o quanto me dá ou não me dá", salientou o Pontífice.


Chamado universal



Na obra Introdução à vida devota (1607), Francisco de Sales destina um convite que poderia parecer, à época, revolucionário: "É o convite a ser completamente de Deus, vivendo em plenitude a presença no mundo e as obrigações do próprio estado. [...] Nascia assim aquele apelo aos leigos, aquele cuidado pela consagração das coisas temporais e pela santificação do cotidiano, sobre as quais insistirão o Concílio Vaticano II e a espiritualidade do nosso tempo", relata o Bispo de Roma.


Bento XVI sublinha que São Francisco tem uma visão do ser humano na qual a "razão" está articulada em torno daquilo que os grandes místicos chamam de "topo", "ponta" do espírito, "fundo da alma": "É o ponto em que a razão, percorridos todos os seus graus, 'fecha os olhos' e a consciência torna-se totalmente unidade com o amor. [...] São Francisco de Sales o resume em uma célebre frase: 'O homem é a perfeição do universo; o espírito é a perfeição do homem; o amor é a perfeição do espírito, e a caridade a perfeição do amor'".

Na obra Tratado do Amor de Deus (1616), Francisco explica que o itnierário rumo a Deus "parte do reconhecimento da natural inclinação, inscrita no coração do homem enquanto pecador, a amar a Deus sobre todas as coisas. [...] Um tal Deus atrai a si o homem com vínculos de amor, isto é, de verdadeira liberdade. [...] Encontramos no tratado do nosso Santo uma meditação profunda sobre a vontade humana e a descrição do seu fluir, passar, morrer, para viver no completo abandono não somente à vontade de Deus, mas àquilo que a Ele apraz, ao seu 'bon plaisir', ao seu beneplácito", explica Bento XVI.


São Francisco de Sales


Nasceu em 1567, em uma região francesa de fronteira, e era filho do Senhor de Boisy, antiga e nobre família da Savoia. Viveu entre dois séculos, o XV e o XVI. A sua formação foi muito acurada; em Paris, fez os estudos superiores, dedicando-se também à teologia, e, na Universidade de Pádua, fez os estudos de jurisprudência, como desejava seu pai, e concluiu-os de modo brilhante, com a láurea em utroque iure em direito canônico e direito civil.

Durante a juventude, refletindo sobre o pensamento de Santo Agostinho e São Tomás de Aquino, teve uma crise profunda que o levou a se interrogar sobre a própria salvação eterna e a predestinação de Deus a seu respeito, "sofrendo como verdadeiro drama espiritual as principais questões teológicas do seu tempo. Rezava intensamente, mas a dúvida o atormentou de modo tão forte que, por algumas semanas, chegou a ficar quase que completamente sem comer e dormir", narrou o Pontífice.