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sábado, 27 de março de 2010

Domingo de Ramos Ano C


Acompanhar a Cristo

Você já pensou em ser durante essa semana santa um personagem em cena durante a Paixão do Senhor? De que lado você vai estar? Senhor, de que lado eu me encontro? Muitas pessoas do Evangelho aparecerão à nossa mente com as suas peculiaridades, temperamentos, fraquezas, covardias, valores. Entrando no santo Evangelho, nós procuraremos estar presentes durante os sofrimentos do Senhor já que todo o Mistério Pascal faz-se atual nestas celebrações litúrgicas da Semana Santa.

Jesus Cristo, que com apenas uma só gota de sangue poderia salvar-nos, vai ao encontro do mais horrendo dos suplícios, transformando-o assim em sinal de salvação. Ele não manda ninguém para sofrer por nós, Deus vem para morrer por cada um de nós, morre em sua humanidade para levar-nos à divindade.

O historiador latino Suetônio conta de um velho soldado romano, que foi citado para comparecer ao tribunal, que encontrando o César pediu-lhe que o defendesse. César ficou surpreendido pelo atrevido pedido; contudo, para mostrar sua magnanimidade, disse ao soldado: “Enviarei alguém em meu lugar”. Então o velho guerreiro abriu a túnica, descobriu o peito e mostrando as feridas disse: “César, quando no combate uma lança ia atravessar o teu corpo, não enviei ninguém em meu lugar para te defender”. Jesus teve coragem, ele mesmo veio para defender-nos, para libertar-nos, para salvar-nos. Nele sim, podemos confiar!

Diz Santo André de Creta: “acompanhemos o Senhor, que corre apressadamente para a sua Paixão e imitemos os que foram ao seu encontro. Não para estendermos à sua frente, no caminho, ramos de oliveira ou de palma, tapetes ou mantos, mas para nos prostrarmos aos seus pés, com humildade e retidão de espírito, a fim de recebermos o Verbo de Deus que se aproxima, e acolhermos aquele Deus que lugar algum pode conter.” O mesmo santo continua: “em vez de mantos ou ramos sem vida, em vez de folhagens que alegram o olhar por pouco tempo, mas depressa perdem o seu verdor, prostremo-nos aos pés de Cristo revestidos de sua graça”.

Neste Domingo de Ramos da Paixão do Senhor, vemos que Jesus aceita as honras que lhe são feitas. Porém, as pessoas que agora se mostram súditas do reinado de Cristo não percebem que Cristo reina diferente; o povo que o aclama como rei, gritará com rebeldia: “crucifica-o”. Jesus também aceita que aquela piedosa mulher gaste com ele um perfume muito caro. E eu, o que eu posso fazer nesta semana tão especial que acaba de começar? Eu posso ser mais atencioso no trato com Deus, na oração; parar de reclamar tanto perante as contradições da vida; oferecer as minhas dores a Deus aceitando a sua Vontade santíssima; ser menos preguiçoso, menos pessimista, menos oportunista. O que eu ainda posso fazer? Diga ao Senhor que você deseja que não sejam apenas palavras ao ar, mas que são sinceras e transformar-se-ão em ações. Diga-lhe que você levará o perfume precioso das suas virtudes a Ele. Caso você não consiga levar esse perfume das virtudes, levará ao menos o esforço dedicado e sem desculpas. Os nossos ramos de oliveira precisam ser ramos espirituais. Nós mesmos precisamos ser quais ofertas agradáveis a Deus e prostrar-nos no chão para que Ele passe sobre nós.

Exceto João, jovem e virginal, os outros apóstolos fugiram. Convence-me bastante a idéia de que João permaneceu fiel aos pés da cruz do Senhor não só porque era jovem e puro, que é muito importante, mas porque estava acompanhado da Mãe de Jesus. Peçamos a Nossa Senhora que nos acompanhe nesta Semana Santa para que possamos permanecer firmes com o Senhor aos pés de sua cruz. Peçamos a ela que nos ensine a viver o segredo da fidelidade e da perseverança, o amor. Quem está com Maria está firme e suporta tudo por amor a Deus.

Feliz Semana Santa para todos. Deus vos abençoe!!!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Parabéns, Comunidade Obra de Maria.



Hoje realmente é dia de festa, junto com a Anunciação nós da Obra de Maria Festejamos nossos vinte anos de fundação, anos de alegria e de luta. É uma grande alegria para nós comemorarmos exatamente no dia da Anunciação a nossa fundação é uma festa dupla já que pelo nosso nome proclamamos nosso amor e admiração a Maria Santíssima.

Particularmente hoje eu louvo a Deus por essa comunidade pela pessoa do Gilberto Barbosa nosso fundador e Maria Salomé nossa co-fundadora que juntos são movidos pelo Santo Espírito e nos conduz a incessante busca da salvação. Para mim é um grande prazer fazer parte dessa família. Felicito a cada irmão de comunidade.


Parabéns, Obra de Maria


Pe. Josenilson

Anunciação



Hoje comemoramos com grande alegria a Festa da Anunciação, festa na qual contemplamos a "plenitude dos tempos" (Gl 4,4), isto é, o cumprimento das promessas e das preparações. Maria é convidada a conceber aquele em quem habitará "corporalmente a plenitude da divindade" (Cl 2,9). A resposta divina à sua pergunta "Como se fará isto, se não conheço homem algum?" (Lc 1,34) é dada pelo poder do Espírito: "O Espírito Santo virá sobre ti" (Lc 1,35).

Maria é a escolhida que encontrou graça aos olhos de Deus, com sua simplicidade e obediência deu seu consentimento ao Mistério da Encarnação quando pronunciou o 'fiat" (faça-se). Para ser a Mãe do Salvador, Maria "'foi enriquecida por Deus com dons dignos para tamanha função". No momento da Anunciação, o anjo Gabriel a saúda como "cheia de graça". Efetivamente, para poder dar o assentimento livre de sua fé ao anúncio de sua vocação era preciso que ela estivesse totalmente sob a moção da graça de Deus.

A partir do consentimento dado na fé e mantido sem hesitação sob a cruz, a maternidade de Maria se estende aos irmãos e às irmãs de seu Filho "que ainda são peregrinos e expostos aos perigos e às misérias". Jesus, o único Mediador, é o Caminho de nossa oração; Maria, sua Mãe e nossa Mãe, é pura transparência dele. Maria "mostra o Caminho" ("Hodoghitria"), é seu "sinal" conforme a iconografia tradicional no Oriente e no Ocidente.

Com tanta beleza e simplicidade basta a nós filhos e herdeiros de um lindo tesouro (ter Maria como mãe) nos espelhar e aprender a cada dia com ela a dizer sim aos planos de Deus na nossa vida e principalmente para ajudar na salvação das almas.

Maria Santíssima rogai por nós!

Deus abençoe

Padre Josenilson


Dom Alberto Taveira Corrêia













É com muita alegria que mostro a vocês um pouco da história desse grande homem de Deus Dom Alberto Taveira Corrêia. Que amanhã tomara posse da Arquidiocese de Belém. Esses dois vídeos conta com simplicidade parte da sua vida.

A cerimônia de posse do 10º Arcebispo de Belém será dividida em duas partes: a posse canônica e a Celebração Eucarística.A primeira tem início ainda do lado de fora da Catedral. Dom Alberto irá abrir as portas da igreja da Sé, beijará a cruz e entrará no templo abençoando o povo. O evento de posse começa com a leitura da “Bula de Nomeação”, emitida pelo Papa Bento XVI. A bula é mostrada ao povo e ao Colégio de Consultores. Após a leitura do documento pontifício, iniciam-se os pronunciamentos, dentre eles, o do Núncio Apostólico no Brasil, Dom Lorenzo Baldisseri, em nome do Vaticano. Após este momento, o novo Arcebispo de Belém sentará pela primeira vez na cátedra (cadeira episcopal) e receberá o báculo, símbolo do seu pastoreio, das mãos do Núncio Apostólico. Logo depois os bispos se paramentam para dar início à Santa Missa

domingo, 21 de março de 2010

A consciencia como nosso grande juiz!!!


V Domingo da Quaresma Ano C

Esta expressão é do Evangelho desse domingo: às palavras de Jesus, os escribas e os fariseus “sentindo-se acusados pela própria consciência” retiraram-se (Jo 8,9). Está claro que tanto a mulher quanto aqueles zelosos custódios da lei de Moisés sentiam-se acusados, quiçá também se viam acusados todos aqueles que vieram para escutar a Jesus e inclusive o homem que cometeu adultério com aquela mulher. A consciência da mulher adúltera a acusava; talvez, no começo, menos por ter pecado contra Deus que pelo fato de ter sido flagrada. Ao encontrar-se com Jesus, aquela mulher foi mudando de atitude: tendo a Jesus diante de si, escrevendo no chão algo desconhecido, numa atitude paciente e acolhedora, a mulher adúltera foi percebendo que estava diante de alguém que a compreendia de verdade.

A consciência dos fariseus e escribas também não os deixava em paz, eles tinham a Jesus diante de si, também contavam com a compreensão do Senhor e, no entanto, não se arrependeram. Sentiram-se acusados sem arrependimento. De fato, existem momentos em que podemos sentir-nos acusados sem nenhuma referência a Deus, simplesmente por orgulho e amor próprio. Essa “acusação da consciência” não começa nem termina em Deus.

Aproximemo-nos cada vez mais do “do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e achar graça de um auxílio oportuno” (Hb 4,16), pois faltam poucos dias para que celebremos a Páscoa do Senhor, o acontecimento central da história da humanidade. Nesses dias, estamos procurando receber a graça e a misericórdia no sacramento da confissão. Daí a importância de que nos sintamos acusados no mais íntimo do nosso ser; que a nossa consciência, esse sacrário de Deus donde ele nos fala, se sinta sacudida nesses dias.

Não tenho dúvida que o irmão que tem esse texto diante dos olhos nesse exato momento sabe o que é o exame de consciência. Caso me permita, vamos falar um pouco mais dessa prática cristã tão antiga e tão atual. Ao examinar-nos todos os dias, deveríamos pedir ao Senhor que nos ajude a ver as nossas atitudes como ele as vê: os nossos pensamentos, as nossas palavras, os movimentos mais íntimos do nosso coração e todas as nossas ações. Desta maneira, a acusação que a consciência provoca em nós diante duma ação má, começará e terminará em Deus provocando uma espécie de tristeza salutar: “a tristeza segundo Deus produz um arrependimento salutar de que ninguém se arrepende, enquanto a tristeza do mundo produz a morte” (2 Cor 7,10).

O exame de consciência, especialmente para os que começam com essa prática piedosa, poderia reduzir-se a três perguntas. A primeira: o que eu fiz de bom no dia de hoje? Essa pergunta ajuda não só a dar glória a Deus por todo o bem que ele nos fez, mas também a ser otimistas e não ficar pensando que tudo vai mal. Não é falta de humildade reconhecer os nossos talentos e dons se esse reconhecimento vai acompanhado de ação de graças: obrigado, Senhor! Segunda pergunta: o que eu fiz de mal? Neste momento veremos, com calma e dor de amor, que ofendemos o nosso Deus que é amor, que somos ingratos, que pecamos: perdão, Senhor! A terceira pergunta inclui o desejo de alcançar algumas metas na vida espiritual: o que eu posso fazer melhor? Muitas coisas, mas é preciso especificar: amanhã não xingarei, terei mais paciência com o meu patrão, não ficarei olhando as mulheres que passam pela rua, não darei “patadas” nos outros etc. Peça: ajuda-me, Senhor! Termine com um ato de contrição: “Senhor Jesus, Filho de Deus, tende piedade de mim, que sou um pecador.” Amanhã, será um dia melhor. Ah, se você percebeu que precisa se confessar, não perca tempo: peça hoje mesmo o Sacramento da Confissão.