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terça-feira, 18 de agosto de 2009

Curados para servir

Com este Tema nesse fim de semana (15 e 16) estive pela graça de Deus pregando em um encontro de cura e libertação em Teresina no Piauí. Quem esteve nesse encontro que foi organizado pela comunidade carismas pode experimentar a mão poderosa de Deus agindo em nosso meio.

Com momentos fortes de partilha da palavra e orações vivenciamos o que Deus preparou para nós, era visível o toque de Deus nos corações, muitos foram aqueles que saíram libertos e curados, sobretudo em sua alma e corações feridos pelo pecado. Pude contemplar a mão poderosa de Deus que arrancou a muitos de túmulos aos quais estavam aprisionados.

O cume do nosso encontro foi à santa missa que encerrou o encontro. Vivenciamos um verdadeiro Kairos experimentamos o céu e Deus em nosso meio, não tenho duvida. E de modo especial na missa Deus veio ao nosso encontro. Colocamos nossas vidas, família e pedimos ao senhor que quebrasse toda maldição hereditária. Consagramos ao Sangue de Jesus toda nossa árvore genealógica.

Resumindo a mão poderosa de Deus veio sobre nós. Deus abençoe a todos os irmãos da comunidade Carismas um abraço fraterno a todos de Teresina.

Pe. Josenilson
Comunidade Obra de Maria

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Os Temperamentos

Quem sou eu?

Essa pergunta muitas vezes nos assusta, pois nem sempre nos conhecemos e uma vez ou outra nos surpreendemos com alguma atitude nossa, reagimos de uma forma inesperada e ficamos abismados por que não nos reconhecemos naquele novo ser revelado.

O ser humano é resultado de vários fatores: hereditariedade, educação, circunstâncias da vida, fisiologia, qualidades naturais, ambiente. Tudo em nós é aperfeiçoável e não irreversível, sendo assim é necessário um autoconhecimento mínimo, pois só Deus nos conhece plenamente.

Temos que nos conhecer e nos aceitar para que assim possamos trabalhar e aperfeiçoar tudo o que há em nós, mas tudo isso requer coragem e principalmente o auxilio do Espírito Santo para que possamos obter êxito e crescimento.

Uma das formas para nos conhecer e aperfeiçoar é o temperamento. O temperamento dá ao homem forças e fraquezas e caracteriza cada um de uma forma única fazendo com que mesmo sendo semelhantes nos tornemos individualmente diferentes. Podemos dizer que temperamento é a natureza do homem que é formada por fatores hereditários e que se encontra no mais intimo do ser humano.

Existem quatro tipos de temperamento, são eles:

· Sanguíneo

· Colérico

· Melancólico

· Fleumático

Nenhuma pessoa é inteiramente um único temperamento, pois como é algo hereditário e temos quatro avós e todos contribuem junto com nossos pais para nossa formação. Temos porcentagens de cada temperamento, mas um com certeza prevalecerá. Vamos falar um pouco de cada um.

Sanguíneo – é cordial, eufórico e vigoroso. É receptivo por natureza e impressões externas encontram facilmente o caminho para o seu coração. Possui uma rara capacidade de divertir-se e geralmente contagia os outros com uma natureza cordial. Sempre com muitos amigos e gosta do convívio social.

Qualidades – Comunicativo, destacado, entusiasta, afável, simpático, bom companheiro, compreensivo, crédulo.

Defeitos – Fraco de ânimo, volúvel, indisciplinado, impulsivo, inseguro, egocêntrico, barulhento, exagerado, medroso.

Um exemplo de sanguíneo foi o apóstolo Pedro, sanguíneo tem o “sangue quente”, as falhas de Pedro estavam justamente no calor do seu coração. Ele exibia calor, intensivamente em suas emoções e ação dinâmica. Ninguém foi tão falante, tão vibrante e tão decisivo como Pedro. Amava ao Senhor intensamente e era seu companheiro de todas as horas. Submetendo suas fraquezas ao Senhor e cheio do Espírito Santo, Deus o fortaleceu.

Colérico – é o temperamento ardente, vivaz, ativo, prático e voluntarioso. Muitas vezes é auto-suficiente e muito independente. Sua tendência é ser decidido e teimoso, tendo facilidade em tomar decisões para si mesmo assim como para outras pessoas. O colérico floresce na atividade. Na realidade, a vida para ele é a “a vida atividade”, não precisa ser estimulado.

Qualidades – Enérgico, resoluto, independente, otimista, prático, eficiente, decidido, líder, audacioso.

Defeitos – Iracundo, sarcástico, impaciente, prepotente, intolerante, vaidoso, auto-suficiente, insensível, astucioso.

Um exemplo de colérico é Paulo onde ele mostrava a principal qualidade do colérico a força de vontade, que faz dele uma pessoa enérgica, eficiente, resoluta, e um líder cheio de audácia e otimismo. Paulo foi um portador desse temperamento notável em meio a qualidades e fraquezas ele buscando o preenchimento do Espírito diariamente fez dele um grande líder.

Fleumático – A vida para ele é uma experiência feliz, serena e agradável na qual tenta envolver-se o mínimo possível. É calmo e despreocupado, possui uma coerência em tudo o que faz, tem grande capacidade de apreciar as belas artes e as melhores coisas da vida.

Qualidades – Calmo, tranqüilo, cumpridor de deveres, eficiente, conservador, pratico, líder, diplomata, bem-humorado.

Defeitos – Calculista, temeroso, indeciso, contemplativo, desconfiado, pretensioso, introvertido, desmotivado.

Um exemplo de fleumático é Abraão todas as qualidades desse temperamento estavam presentes nele. Ele era prático e bem humorado, leal, calmo e eficiente, cumpridor dos seus deveres, conservador dos princípios. Deus o provou em todas as suas promessas, mas ele permaneceu firme na fé. Com alguns defeitos também, mas com seu direcionamento a Deus fez dele um dos maiores homem que já viveu.

Melancólico – É o mais rico de todos os temperamentos, pois é um tipo analítico, abnegado, bem dotado e perfeccionista. Ninguém desfruta maior prazer com as belas artes do que o melancólico. Por natureza é inclinado a ser introvertido, porém é um amigo fiel diferente dos sanguíneos não faz amigo com facilidade.

Qualidades – Habilidoso, minucioso, sensível, perfeccionista, esteta, idealista, leal, dedicado.

Defeitos – Egoísta, amuado, pessimista, teórico, confuso, anti-social, crítico, vingativo, inflexível.

Um exemplo de melancólico é Moisés, talentoso, abnegado, perfeccionista (Deus usou essa qualidade para lhe dar os detalhes da Lei, da justiça divina e do Tabernáculo). Extremamente dedicado, mas por muitas vezes suas fraquezas afloraram. Porém o seu encontro com o Senhor e a freqüência busca pela face, contudo, fizeram dele um homem cheio do Espírito Santo, um líder destemido, e tornou-se “o homem mais manso da terra”.

Depois de vemos um pouco de cada temperamento podemos perceber que todos nós temos qualidades, defeitos e fraquezas, mas temos também a graça do Espírito Santo, que Deus nos presenteou e nos dá como um auxílio para controlar nossos temperamentos e superar nossas fraquezas. Que possamos buscar por meio do nosso temperamento um maior conhecimento do nosso eu e assim descobrirmos nossos defeitos e fraquezas e com o Espírito Santo trabalhá-los e deixarmos que nossas qualidades apareçam. E possamos usá-las para anunciar o reino de Deus. Deus nos fez como somos. Seja o que você é, e somente use seu temperamento para Deus.


Faça aqui o seu teste de temperamento


Pe. Josenilson
Comunidade Obra de Maria

sábado, 1 de agosto de 2009

XVIII Domingo do tempo comum

“Eu sou o pão da vida quem vem a mim não terá mais fome” Jo 6,24-35

Jesus nesse domingo se autodenomina o pão do céu, o pão que o pai enviou para dar vida ao mundo. Na prefiguração do maná, vemos Deus que alimenta o seu povo no deserto. O povo que murmurava pela falta de comida é saciado abundantemente pelo pão que vem do céu. Porém esse pão alimenta o povo apenas num plano material humano, é apenas um sustento ao corpo para que na longa caminhada no deserto a fora o povo não acabasse desistindo de fraqueza pela falta do alimento matéria.

As pessoas diante de Jesus até citam este acontecimento referindo-se aos antigos que comeram o maná no deserto dado pelo próprio Deus. Agora, porém Deus envia outro pão para saciar o mundo. Este pão não é aquele que perece, que os pais comeram no deserto e, no entanto morreram. Este é o pão da vida. O pão de Deus, ou, Deus que se fez pão para alimentar o mundo. O Pai que alimenta seus filhos.

Jesus o filho eterno do Pai, se entrega livremente para que cada ser humano criado a imagem e semelhança de Deus uma vez que manchou sua imagem pelo pecado cometido, ao recebe desse alimento celeste, seja pouco a pouco restaurado a imagem daquele que lhe criou e que agora tornou-se alimento para estar mais perto do seu povo amado.

Cada vez que recebemos o pão do céu somos divinizados, pois é impossível receber desse alimento e não ser tornado dia após dia, comunhão após comunhão, homens e mulheres que caminham na terra já antecipando das realidades celestes. E ao nos alimentamos desse pão que é o corpo e o sangue do Senhor, somos cristificados.

E é recebendo a vida que nos é transmitida pelo cristo pão, que seremos saciados nos vazios mais profundos de nossa alma. Não é por acaso que ele diz que quem come desse pão não terá mais fome, esta fome mencionada pelo Cristo é na verdade a busca humana pelo infinito, que tantas vezes é buscado em lugares, coisas e circunstâncias que só causam frustrações e vazios ainda maiores, pois só Deus pode saciar essa fome que é na verdade fome de Deus. Busquemos então esse pão que nos conduz a vida plena de Deus.

Deus vos abençoe.

Pe. Josenilson
Comunidade Obra de Maria

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O Sofrimento

Quando falamos de sofrimento vêm várias coisas na nossa cabeça, pois ele se estende a várias dimensões. Sofrimento físico, espiritual, moral, psicológico e vários outros que nossa humanidade pode sentir. A primeira coisa que vem em nossa mente mesmo sem querer é o Por quê? Para que? E sempre queremos encontrar um culpado, queremos dar um sentido aquela dor, descobrir o porquê de todo aquele mal.

O sofrimento é a falta de algo, limitação ou distorção do bem. Quase sempre atribuirmos esse mal a Deus que nos abandonou, ou esta me castigando por algo que fiz. O mundo e muitas teorias erronias sobre Deus nos fazem pensar que Ele é um Deus que castiga e trata o mal com o mal e o bem com o bem. E transferimos para Ele toda a culpa de nossos sofrimentos e assim tornamos cada vez mais difícil a relação do homem com o sofrimento.

Na bíblia, vemos muitos exemplos de sofrimento em vários estágios e dimensões, Jó é um deles no qual nos mostra claramente que essa teoria que sofremos para pagar algum mal cometido, não é bem assim que funciona. Jó um homem justo passou por vários sofrimentos causados por Satanás para lhe por aprova aos olhos de Deus.

Agora vamos pensar em Jesus na sua santidade e perfeição humana. Que mal ele cometeu? Qual seu pecado? Com Jesus reconhecemos o verdadeiro sentido do sofrimento, o sofrimento salvífico que nos leva a redenção, nele encontramos a salvação definitiva. Ele sofreu por amor e obediência, optou por sofrer para nos dar vida eterna. Em Jesus vemos que o sofrimento não é um castigo, mas sim caminho de salvação. Se Jesus que é Santo e filho de Deus sofreu, porque eu seria totalmente privado do sofrimento.

A maioria dos sofrimentos são causados por nós mesmo ao nos martirizarmos por alguma escolha errada, um pecado cometido ou algo que acreditamos desagradar a Deus e começamos o sofrimento em nossa mente, outros são causados pela sociedade, fatos e até mesmo palavras que causam em nossa vida marcas, feridas e muita dor. Sem contar com dores e sofrimento causados por doenças. A cada dia nos deparamos com diversos modos de sofrimentos e cabe a nós aprendermos com eles. O sofrimento dever servir para a conversão, isto é, a reconstrução do bem no sujeito e não para nossa destruição.

Padre Pio de Pietrelcina sabiamente escreveu que “O sofrimento é de todos. O saber sofrer é de poucos”. Cabe a nós aprendermos assim como Paulo e muitos outros santos, encontrarmos no sofrimento o sentido salvífico e participar da cruz de Cristo que nos leva a encontrar o amor e no amor a nossa salvação. Que possamos aprender sofrer bem e não desperdiçar a nossa dor diária, mas que com ela possamos crescer e nos aproximarmos mais de Deus.

Pe. Josenilson "Te farei amado!"
Comunidade Obra de Maria

sábado, 11 de julho de 2009

Jesus e o demônio

Várias as passagens dos Evangelhos nas quais Jesus aparece expulsando o espírito maligno dos corpos de endemoninhados. Após sua morte no Calvário, com a qual venceu definitivamente satanás, diminuiu, sensivelmente, o número de possessões. É claro que o satanismo promove um execrável culto ao diabo e abre as portas para sua ação perversa. O Demônio não é uma ficção. Está no Apocalipse: "Então houve guerra no céu. Satanás foi expulso do céu pelo anjo Miguel (Ap 12, 7-9). Um terço dos anjos, anjos caídos, anjos que pecaram (2 Pd 2, 4) escolheram se unir a Lúcifer (Ap 12, 4) e estão espalhados pelo mundo.

Deus não lhes tirou nem a inteligência nem a liberdade. A imoralidade, os crimes mais hediondos, o ataque ferino aos Mandamentos da Lei divina através dos meios de comunicação social, toda espécie de maldade são instigadas pelo Inimigo de Deus e dos homens. Jesus alertou que o demônio é “mentiroso e pai da mentira" (Jo 8,44). A serpente é símbolo dos poderes do mal e das trevas. Sua identificação com o demônio ocorre em diversas passagens bíblicas (Gn 3,14-15 ss; Jó, 26,13; Is 11,8; 27,1; Am 9,3; Sb 2,24; 2 Cor 11,3; Mc 16,18; Lc 19,19; Ap 12,3-17; 20,2). O diabo é sagaz e invejoso: "Foi por inveja do demônio que a morte entrou no mundo" (Sb 2, 23-24). Aqueles que se apartam de Deus são campo aberto para a ação demoníaca. Astucioso, o diabo tenta e ousou aliciar o próprio Cristo (Mt 4,1-12). A tentação, essencialmente, leva à desobediência ao Ser Supremo. Muitos incautos se deixam induzir pela obsessão diabólica, conseqüência de tentações não afastadas, e daí os delitos mais absurdos. As pessoas piedosas são alvo predileto de satanás, pois dos maus ele já se apossou (Ap 2,10). Especialista em enganar, o diabo promete felicidade onde ela não se encontra. Muitas vezes usa uma camuflagem e se apresenta como mensageiro da luz (2 Cor 11,14) e quem não tem o discernimento do Espírito Santo se deixa embair (1 Tm 5,15).

É o demônio que semeia o joio no meio do trigo, tentando impedir a expansão do bem, da verdade, da virtude (Mt 13, 39). Com rara habilidade o diabo remove a palavra de Deus do coração do homem, impedindo que creia e seja salvo (Mt 13, 18-19; Lc 8, 11-13; Mc 4, 15). Coloca inclusive obstáculos para que as inspirações divinas não sejam assimiladas pelo ser racional, desviando as atenções para os prazeres mundanos, as riquezas, as veleidades terrenas. (Jo 8, 43-44; 2 Cor 4, 4). O diabo é o inimigo declarado da evangelização e, bem sabemos, por exemplo, que ele impediu a Paulo de ir à Tessalônica (1 Ts 2, 17-18). É o demônio que conduz aos pecados capitais: avareza, gula, inveja, ira, luxúria, orgulho e preguiça com todos os seus desdobramentos.

Como, porém, vencer o demônio? São Pedro aconselha a sobriedade, a vigilância, uma fé profunda (1 Pd 5,8). Aliás, Jesus advertira: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação" (Mc 14,38) e ensinou a pedir ao Pai: “Não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal" (Mt 6,13). O apóstolo Paulo dá esta diretriz: "Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue, mas sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra os espíritos malignos espalhados pelos ares [...], sobretudo, sustentai o escudo da fé com que possais apagar todos os dardos inflamados do Maligno..." (Ef 6, 11-17). Nunca se pode esquecer que é essencial também a fuga das ocasiões de pecado (Ecl 3,27) Quem acredita está a salvo das insídias do demônio, pois "Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela" (1Co 10, 13). Idêntico o pensamento de São Tiago: "Sede submissos a Deus. Resisti ao demônio, e ele fugirá para longe de vós..." (Tg 4,7). É vencendo o diabo que se chega ao céu. Todo cuidado é pouco, mas com a graça divina o cristão é invencível!

Pe. Josenilson
Comunidade Obra de Maria